O impacto que a programação da televisão tem sobre o comportamento da população é evidente e esse impacto contribui de forma negativa no que diz respeito à cidadania, a TV está sendo uma das grandes responsáveis pela exacerbação do individualismo e o indivíduo é o pior inimigo da cidadania.
Como muito bem definira o sociólogo polonês, Zigmunt Bauman, vivemos a época da modernidade líquida, uma época onde o indivíduo tenta e blindar da sociedade, vive uma vida movida por atos de instantaneidade, seja o aparelho celular ou mesmo um relacionamento, tudo só serve enquanto proporciona prazer.
Uma "escola" da modernidade líquida na TV brasileira feita diretamente para o público jovem é a "novelinha" exibida pela Rede Globo, Malhação, especializada em formar uma geração superindividualista e também líquida. A atração, exibida há mais de 15 anos foi decisiva para modelar os comportamentos das novas gerações do século XXI.
A trama sempre se passou no interior de um colégio, um colégio nos modelos da modernidade líquida, contrário a tudo que seja relacionado com a formação para o exercício da cidadania , ali os jovens se restringem a viverem relacionamentos instantâneos, como tudo que fazem, e não se ver discussões acerca da sociedade vivida por aqueles jovens.
Malhação é o exemplo perfeito da Modernidade líquida e da instantaneidade da vida dessa época, mas que acima de tudo é uma forma que a estrutura que sustenta o modelo de sociedade burguesa formar uma geração que não se interesse em modificar sua sociedade, e é claro que é isso que querem aqueles que são hoje favorecidos por esse sistema. Um perigo para a cidadania e parece ser o contrário das redes sociais, pelo menos um alento.
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