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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Lideranças Guarani-Kaiowá denunciam genocído

BOA NOITE A TODOS (AS)

SEGUE DOCUMENTO FINAL DAS LIDERANÇAS GUARANI E KAIOWÁ AMEAÇADAS DE MORTE. ALÉM DISSO, INFORMAMOS A TODOS (AS) QUE TODOS ACAMPAMENTOS GUARANI E KAIOWÁ DO SUL DE MS ESTÃO SENDO ISOLADOS E AMEAÇADOS. ONTEM, OS LÍDERES DE TAKUARA-JUTI SOFRERAM NOVAMENTE A AMEAÇA DE MORTE. HOJE 30/01/2013 O GENITO GOMES DE GUAIVIRY-ARAL MOREIRA-MS FILHO DE CACIQUE NISIO GOMES RECEBEU AMEAÇA DE MORTE.

DIANTE DISSO, RETORNAMOS SOLICITAR AS PROVIDÊNCIAS CABÍVEIS DAS AUTORIDADES FEDERAIS
ATENCIOSAMENTE,


COMISSÃO DA ATY GUASU GUARANI E KAIOWÁ-LUTA CONTRA GENOCÍDIO

TEKOHA GUASU GUARANI E KAIOWÁ PYELITO KUE/MBARAKAY-IGUATEMI-MS.
DOCUMENTO FINAL DA ATY GUASU DAS LIDERANÇAS DE TEKOHA GUASU EM LITÍGIO/CONFLITO DO CONE SUL DE MATO GROSSO DO SUL.

Nós lideranças/representantes de quinze (15) tekoha guasu em litígio/conflito, entre os dias 24 e 26 de janeiro de 2013, estivemos reunidos aqui no tekoha Pyelito kue, localizada na margem do rio Hovy-município de Iguatemi-MS. Mais uma vez, nessa reunião apresentamos as situações de nossas vidas e as demandas das comunidades Guarani e Kaiowá de tekoha em conflito. Por meio deste documento vimos resumir que todas as comunidades Guarani e Kaiowá das tekoha guasu em conflito e da margem da estrada, em janeiro de 2013, continuam sendo vítima de genocídio, pois, estão isolados e ameaçados de morte, se encontram em situações de misérias, passando fome e tentando sobreviver, não conseguem mais viver de forma digna como humano. Assim, evidenciamos que em todos os acampamentos indígenas não há assistências à saúde, educação escolar adequada entre outros. 

Por exemplo, em primeiro lugar, constatamos que os duzentos (200) Guarani e Kaiowá (crianças, adultos, idosos) de Pyelito kue/Mbarakay estão sobrevivendo de forma desumana em espaço de (01) um hectare de terra, cercado de brejo e rio onde eles estão isolados há mais de um ano onde não podem plantar nada. A ordem da Justiça Federal da 3ª Região de São Paulo, do dia 30 de novembro de 2012, era para indígenas de Pyelito kue/Mbarakay a receber todas as assistências por parte dos órgãos federais, porém os agentes dos órgãos federais, tais como: SESAI e FUNAI, até hoje 26/01/2013, não chegaram ao acampamento Pyelito kue. Além disso, no dia 08 de janeiro de 2013 foi reconhecido oficialmente o território Pyelito Kue/Mbarakay como terras indígenas tradicionais, mas mesmo assim, os fazendeiros mandaram recado para indígenas que não vão liberar a entrada e nunca vão devolver as terras para os indígenas, invés de devolver as terras, eles desejam o genocídio dos indígenas que morram sem assistências. Assim, os fazendeiros prometeram a continuar massacrando e matando todos os sobreviventes índios de Pyelito Kue/Mbarakay. Neste contexto, os agentes da FUNAI e da SESAI alegam que os fazendeiros da região não teriam liberados a entrada para funcionários públicos federais. Por isso, não prestaram assistências à comunidade de Pyelito kue/Mbarakay até hoje. Assim, ficou claro que os fazendeiros desobedecem à ordem da justiça federal, ou melhor, os fazendeiros ignoram a ordem da justiça federal. Diante disso, voltamos a comunicar a todos (as) que a comunidade Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay continua sendo isolado e ameaçado de genocídio. De forma similar sobrevivem ameaçadas várias comunidades Guarani e Kaiowá de outras tekoha Guasu em litígio, como: LARANAJEIRA ÑANDERU, GUAIVIRY, IPO’I, APYKA’I, TAKUARA, ARROIO KORA, KURUSU AMBA, ETC. Vimos solicitar ao Governo Federal e à Justiça Federal para que a ordem da entrada de assistência aos Guarani e Kaiowá seja válida e respeitada pelos fazendeiros. 

Atenciosamente, 
lideranças de tekoha guasu Guarani e Kaiowá em litígio/conflito do MS
Tekoha Guasu Pyelito Kue/Mbarakay, 26 de janeiro de 2013.

família Guarani-Kaiowá do acampamento em litígio no momento que ele narrou o seu sofrimento e miséria, revelam que eles comem só alguma coisinha por dia, e bebem agua poluída. Essa realidade é de todas famílias das áreas Guarani e Kaiowá em conflito. Além disso, eles sofrem ameaça também, é genocídio
Fonte: atyguasu

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