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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O que há por trás das "bandas de forró"

A imbecilidade que vem atrelada aos hábitos que transformam-se em padrão comportamental neste momento da realidade sócio-cultural brasileira são é um grande empecilho para um possível avanço social do país. Veja o indivíduo descrito na "música" feita por uma dessas chamadas "Bandas de Forró":


Patrocina ousadia, e as novinhas se derretem
É o chefe, é o chefe
Considerado, respeitado, e com ele ninguém se mete
É o chefe, é o chefe

Quando chega na balada, sempre chama atenção
Pelas roupas que ele usa, e a grossura do cordão
Deixa os playboys rasgar, sempre com muita fartura
Whisky com Redbull, a mais perfeita mistura
Trata todos com respeito, isso é já de costume
As novinhas ficam loucas com o cheiro do perfume
Gosta de ostentação e não tem problema algum
As novinhas ficam doidas pra andar de R1

Essa música define o tipo de atitude que faz de um indivíduo "respeitado" e admirado, UM CHEFE. Primeiro exalta o valor das roupas como se valessem mais do que as pessoas, glorifica o consumo de álcool e faz da posse de um bem, por exemplo o automóvel sinal de status.

Que tipo de indivíduo seria esse? Certamente um ser fantasiado pelas telenovelas ou pela TV, dominada pelo consumismo, um debilitado educacionalmente e o pior de tudo um  indivíduo apolítico. Em um show com uma "música" desse tipo vemos muitos "chefes" que representam um flagelo da falta de ética e de comportamentos projetados pela fantasia da TV.

Músicas que cantam a imbecilidade são marcas da nova realidade brasileira, apesar de não estarmos substituindo nenhum paraíso, pois, vivíamos mais dopados do que hoje pela fé religiosa, havia uma boa música no Brasil, talvez haja uma campanha contra verdadeiros músicos como Chico Buarque, Cazuza e tantos outros que influenciaram o maior momento de contestação política no Brasil nos anos da Ditadura militar, será que essa grande mídia não criou programinhas como Malhação exatamente para isso, evitar contestações. As Bandas de Forró, não gosto de escrever esse nome por que não há nem nunca houve Banda de Forró, o que existe é uma catástrofe cultural.

Da cegueira religiosa, que ainda continua, à imbecilidade caminhamos sem sair do lugar, "Bandas de Forró, Programas de auditório esdrúxulos, um tal "sertanejo universitário são marcas de uma época sem espírito político. Era preciso que a política virasse religião, mas a religião virou imbecilidade.

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