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quarta-feira, 20 de março de 2013

Autoridades francesas promovem buscas à casa da diretora geral do FMI


Christine Lagarde está a ser investigada por suspeitas de “cumplicidade de desvio de fundos públicos e de falsificação”. A diretora geral do FMI terá alegadamente favorecido o empresário Bernard Tapie, empresário partidário do ex-presidente Nicolas Sarkozy, enquanto esteve à frente do Ministério da Economia francês.
Foto de World Economic Forum, flickr.
Em 2007, Christine Lagarde, então ministra da Economia do governo de Nicolas Sarkozy, decidiu solucionar por arbitragem privada um litígio de negócios que opunha Bernard Tapie a uma estrutura pública que geria ativos do banco Crédit Lyonnais, que foi resgatado da falência nos anos 90 pelo Estado francês.
O empresário já tinha perdido o processo em tribunal, tendo entretanto recorrido da sentença. No entanto, alguns meses mais tarde, a atual diretora geral do FMI interveio e decidiu submeter o caso à arbitragem privada.
A arbitragem acabou por deliberar o pagamento de 285 milhões de euros de indemnizações a Tapie, pagamento este que foi autorizado por Lagarde. No total, e mediante o procedimento adotado pela então ministra da Economia, o partidário de Nicolas Sarkozy acabou por arrecadar uma quantia de 403 milhões de euros (incluindo juros de 118 milhões).
O processo contra a diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi instaurado em meados de 2011, depois de o procurador Jean-Louis Nadal ter recomendado a sua abertura por considerar terem existido irregularidades na arbitragem favorável a Tapie.
“A senhora ministra exerceu constantemente os seus poderes ministeriais para chegar a uma solução favorável a Bernard Tapie, que a assembleia plenária do Tribunal de Recurso parecia considerar ter comprometido”, adiantou, à época, Nadal.
O advogado de Lagarde, Yves Repiquet, afirmou, em declarações à France Press, que a diretora do FMI “não tem nada a esconder".
Se for acusada, Lagarde poderá ter de cumprir uma pena de cinco anos de prisão ou de pagar uma multa de 75 mil euros.

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