A fruta da oligarquia - Blog A CRÍTICA

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sexta-feira, 19 de abril de 2013

A fruta da oligarquia

Um dos princípios consagrados pela Constituição Federal de 1988, claro pressuposto de racionalização da ordem econômica capitalista e exatamente por isso enfrenta distorções na realidade  do estado deste caso a seguir relatado, é o princípio da impessoalidade, onde se diz que os atos da Administração Pública não serão imputados a quem os pratica, mas sim à entidade à qual está vinculado.

No Rio Grande do Norte onde predomina o antiguado domínio de oligarquias anacrônicas, governam aqueles que se passam de responsáveis pelas obras e realizações da administração pública, tudo é cobrado no momento da eleição. O predomínio já é antigo, Alves, Maia, Costa, Queiroz, Rego entre outras sempre mostram o "desvelo e a grande luta travada para conseguir-se tal empreendimento na hora da inauguração. Lembramos de imediato de Coronelismo, Enxada e voto de Victor Nunes Leal, onde, mostrando a manipulação e a fragilidade política popular no coronelismo do Brasil na Década de 1940 ainda decifra a realidade daquilo que é o maior instrumento  de assalto à cidadania do povo: o voto manipulado. 

"A falta de espírito público, tantas vezes irrogada ao chefe político local, é desmentida, com freqüência, por seu desvelo pelo progresso do distrito ou município. É ao seu interesse e à sua instância que se devem os principais melhoramentos do lugar. A escola, a estrada, o correio, o telégrafo, a ferrovia, a igreja, o posto de saúde, o hospital, o clube, o campo de football, a linha de tiro, a luz elétrica, a rede de esgotos, a água encanada -, tudo exige o seu esforço, às vezes um penoso esforço, esforço que chega ao heroísmo. E com essas realizações de utilidade pública, algumas das quais dependem só de seu empenho e prestígio político, enquanto outras podem requerer contribuições pessoais suas e de seus amigos, é com elas que, em grande parte, o chefe municipal constrói ou conserva sua posição de liderança (Victor Nunes Leal)

A foto abaixo retrata uma parada de ônibus em formato de Jerimum (abóbora) na Cidade de Caicó, interior do Rio Grande do Norte, idealizados pelo oligarca da Cidade, uma espécie de "líder" carismático, Médico, que fez campanha política em cima da falta do direito à saúde pública, quando ainda não havia o SUS, e que ficara conhecido pelo apelido de Papa Jerimum, registrara, retirando-nos o ar em diversos momentos, a mão de uma oligarquia anacrônica, de um massacre político que retira do indivíduo o direito de ser cidadão, nesse interior as pessoas não são ativos, elas acham que precisam receber de alguém, religião católica, seguidorismo, a atividade política, se é que assim podemos chamar, restringe-se a ir para as ridículas passeatas, e depositar o voto que de democracia não tem nada, não é emancipado, é pura manipulação.

Abrigo de ônibus - Em forma de Jerimum (Abóbora), numa referência à maneira como são conhecidos os norteriograndenses (papa-jerimuns), e o mapa do Estado ao centro.


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