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segunda-feira, 6 de maio de 2013

O noticiário policial e o drama que esconde a verdade

Considerado um dos programas mais assistidos do Rio Grande do Norte o Patrulha  da Cidade, exibido pela  afiliada ao SBT no estado, TV Ponta Negra, "discutiu" o problema da redução da maioridade penal e, como não podia ser diferente para o tipo de Programa no qual está inserido, o Patrulha apelou para o drama e o sensacionalismo.

A consciência popular já está devidamente distorcida é normal, portanto, acreditar na repressão como sendo a única solução para a violência urbana..

Não poderia ser diferente na terra dos Alves e Maias e suas oligarquias menores, a urbanização e a não necessidade dos miseráveis trabalhando na terra dos oligarcas cria o criminoso deliquente. Confira no vídeo deste link do programa citado; um caso envolvendo dois menores de idade, a degradação, dos delinquentes à forma como é feita a matéria, é a cara de uma terra onde predomina a mais cruel injustiça social.


As piores drogas do Rio Grande do Norte: Religião, Alves, Maia, Costa, Queiroz, Rego, Rosado etc. A questão não é, em essência, a de reduzir a maioridade penal, o número de imputáveis cometendo crimes é muito maior do que o de menores, agora resolver o problema da violência social é um ponto que converge para atitudes diferentes de encarcerar ou condenar à pena de morte ou criar campos de concentração, quem gostar de cadeias lotadas ou belas reportagens para seus programas que reduza para zero a idade de imputação penal, resolver a violência social passa por rupturas que não agradam às elites, nunca vi um apresentador de programa policial pedir a prisão de um Alves, Maia e demais oligarquias, ah eles não fornecem droga, nem incentivam o assassínio, uma visão superficial.

Populismo penal midiático é uma ideia sem ideia, a violência é generalizada e tende a aumentar, claro; os apresentadores de programas policiais quando se defrontam com ideias contrárias a seus dramas parecem pensar, se é que pensam, que estamos negando a violência, que estamos dizendo que os "bandidos" são bons, como se houvessem homens bons ou maus, o noticiário policial é apenas um outro tipo de droga nas sociedades burguesas.

Ensina o festejado professor Eugenio Raúl Zaffaroni que o popularismo penal é uma demagogia que explora o sentimento de vin­gança das pessoas, mas, politicamente falando, é uma nova forma de autoritarismo. A violência aumenta porque au­mentou a miséria. Os anos 1990 foram os anos do festival do mercado: os pobres ficaram mais pobres e alguns ricos, nem todos, mais ricos. Os mesmos autores dessa política de polarização da sociedade são os que hoje pedem mais repres­são sobre os setores vulneráveis da população. Querem mais mortos e, entre os infratores e policiais, mais “guerra”. No final, eles são invulneráveis a essa violência. A “guerra” que pedem é a “guerra” entre pobres e/ou contra os pobres. (Reportagem Carta Capital - confira a íntegra aqui)

"Nunca se corrompe o povo, mas o engana muitas vezes e é somente então que ele parece desejar o mal (Rousseau), Rousseau imaginava que no modelo burguês a classe política se voltaria sempre para o interesse geral, erra mais tarde tornado visível nos estudos de Marx e Engels, na verdade a classe dominante governa para si, como claramente acontece no Rio Grande do Norte e as "ideias" desta classe manipulam os menos favorecidos. Se fizermos um plebiscito, sem dúvidas, a maioria esmagadora da população seria favorável à redução da maioridade penal, e mais uma vez repito, nem sou a favor nem contra, sou a favor do fim da violência social, mas redução de maioridade penal não diminui a injustiça social a céu aberto que é o Brasil, não diminui as desigualdades sociais, não acaba com a miséria religiosa, não desconcentra a posse da terra, não democratiza a mídia manipuladora, a redução da maioridade penal seria muito boa para aumentar a audiência de lixo eletrônico como programas policiais.

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