Os protótipos das Telenovelas - Indústria Cultural - Blog A CRÍTICA

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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Os protótipos das Telenovelas - Indústria Cultural


PIPIPIPI... Mais um "jargão" de um personagem das sempre manipuladoras novelas da Rede Globo demonstrando o impacto da indústria cultural sobre os indivíduos dos tempos líquidos modernos, a cada nova novela da Rede Globo um novo protótipo comportamental.

Grandes foram as lições da chamada Escola de Frankfurt, principalmente na figura de Theodor Adorno, tratando acerca da dominação das massas por meio de uma Indústria atuando no sentido de impedir a emancipação, e fazendo uma verdeira dominação

"O culto dos astros do cinema tem como complemento da celebridade o mecanismo social que nivela tudo o que chama a atenção. Os astros são apenas os moldes para uma indústria de confecção de dimensões mundiais e para a tesoura da justiça legal e econômica, com a qual se eliminam as últimas pontas dos fios de linha" (Adorno- Dialética do Esclarecimento)


As novelas trazem o próprio convívio familiar e comportamental de pessoas que são também "astros" e que influem diretamente sobre o comportamento do grande público. Claro além de padronizar pelos comportamentos são intercaladas por "sessões" de anúncios publicitários.

"A produção da indústria cultural é direcionada para o retorno de lucros tendo como base padrões de imagem cultural pré – estabelecida e capazes de conquistar o interesse das massas sem trabalhar o caráter crítico do expectador. Para se manter e conquistar público , a produção cultural não objetiva somente a expressão artística , quando esta planejada sob pretensões profissionais" (Fernando Rebouças).

Se a crítica emancipadora e emancipada fosse predominante as novelas se tornariam insuportáveis, mas, pelo contrário, nos tempos líquidos modernos (conceito do sociólogo Zigmunt Bauman) as pessoas já devem crescer como integrantes de um mundo tomado pela publicidade.

"A Indústria Cultural age oferecendo produtos que promovem uma satisfação compensatória e efêmera, que agrada aos indivíduos, ela impõe-se sobre estes, submetendo-os a seu monopólio e tornando-os acríticos (já que seus produtos são adquiridos consensualmente)", (João Francisco P. Cabral).

Os risos que trazem a TV denunciam a falta de emancipação nas pessoas. O problema que prejudica a luta pela emancipação em nossos tempos tem sido a dominação do espírito crítico pela sociedade do dinheiro como lembrara Stephen Hessel.

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