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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Violência fascista mata em Paris

Um jovem militante e antifascista foi brutalmente agredido por skinheads esta quarta-feira no centro de Paris e declarado em morte cerebral já no hospital. Os agressores pertencem a um dos grupos neonazis que participaram nas manifestações contra o casamento homossexual.
Imagem de confrontos entre militantes da extrema-direita na manifestação de 13 de maio em Paris.
Os atos de violência da extrema-direita têm aumentado nos últimos meses em França, coincidindo com a mobilização do setor conservador católico contra a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que acaba de entrar em vigor. Esta quarta-feira, as consequências da violência fascista foram dramáticas: um jovem militante antifascista de 19 anos foi brutalmente agredido ao fim da tarde perto da Gare de Saint Lazare, em Paris. Chegou ao hospital em estado crítico e a morte cerebral foi declarada horas mais tarde, informou Alexis Corbière. O secretário nacional do Partido de Esquerda emitiu um comunicado onde presta homenagem ao jovem e dirige as condolências à sua família e amigos. 
Segundo várias testemunhas da agressão, os assassinos pertencem ao grupo JNR, formado por skinheads neonazis que constituem o pelotão de segurança da organização fascista Troisième Voie nas manifestações. A polícia confirmou ao Le Monde que se trata de um crime "com conotação política". 
"Espero que a polícia e a justiça identifiquem rapidamente os culpados e tomem as medidas que se impõem", afirmou o presidente da Câmara de Paris, Bertrand Delanoë. Desejos repetidos pelo Partido de Esquerda, que "exige também a dissolução dos grupos de extrema-direita que têm multiplicado os atos de violência em Paris e por todo o país desde há muitas semanas". 
O tema da oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo voltou a juntar muitos dos pequenos grupos da extrema-direita francesa nas mesmas manifestações, com maior ou menor tolerância por parte dos organizadores. A extrema-direita conseguiu organizar uma concentração de vários grupos junto à estátua de Joana d'Arc, em Paris, embora com cinco cortejos separados. Esta concentração de 13 de maio reuniu algumas centenas de pessoas e ganhou impacto mediático com o protesto das Femen num dos edifícios da praça.

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