O Rio Grande do Norte na lama - Blog A CRÍTICA

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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O Rio Grande do Norte na lama

Uma Assembleia repleta de demagogos que cobram o tempo todo ações efetivas para "combater a seca", como diz Ariano Suassuna combater a seca no sertão era o mesmo que acabar a neve na Sibéria, os tais demagogos são feitos da miséria econômica da região, o Rio Grande do Norte é política e economicamente uma oligarquiazinha depravada. Falamos da ordinárias sessões da AL-RN.



A economia do Sertão é insustentável, centrada na criação de gado bovino e na pequena agricultura de milho e feijão, tudo dependendo que ocorra invernos que sempre serão intercalados por longos períodos de estiagem. A não ser a previdência social ou os programas de transferência de renda, mesmo com terra, a fome seria certa.



As cenas são do Município de Caicó onde o criador procura água em um poço artesanal para dar ao gado, a forma errada de praticar uma atividade econômica na região. Seria possível reorientar a região para uma economia baseada na criação de animais adaptados ao clima semi-árido e há algumas técnicas de se buscar água, como as barragens subterrâneas, cisternas e poços tubulares. A água é um dos principais problemas nesta região, por exemplo, poços tubulares geralmente contém um elevado percentual de salinidade, as melhores alternativas para o consumo humano parecem ser as cisternas que acumulam água no período de chuvas.

"As cisternas rurais talvez sejam os reservatórios hídricos mais importantes no Semi-árido, tendo em vista a sua capacidade de acumular água de excelente qualidade - as águas das cisternas não têm contato direto com outros ambientes que possam mineralizá-las ou contaminá-las - bem como a função reguladora de estoques para o consumo das famílias durante todo ano. Centros de pesquisa, organizações não governamentais e governos estaduais têm orientado o homem do campo no sentido de construir cisternas com técnicas modernas e baratas e de proporcionar uma melhor forma de manejo de suas águas. Estima-se que uma cisterna de 12000 litros seja suficiente para abastecer uma família de 5 pessoas durante os meses sem chuvas no Semi-árido, considerando o consumo diário de 10 litros por pessoa, durante 8 meses." ( João Suassuna)

Quanto ao fornecimento para animais ou para irrigação os grandes açudes aparelhados com sistemas de adultoras podem solucionar os problemas.

"As 28 maiores represas do Nordeste têm capacidade para acumular 12 bilhões e 750 milhões de m³ de água, mas apenas 30% desse volume são utilizados em sistemas de abastecimento ou em irrigação". (João Suassuna)


ÁGUA POTÁVEL NO SEMI-ÁRIDO: escassez anunciada - João Suassuna - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco

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