O ex-vice primeiro-ministro morreu poucas horas depois de exigir o fim da censura do governo russo e de apelar à participação na manifestação deste domingo contra a guerra na Ucrânia. Boris Nemtsov afirmou recentemente ter receio que Putin ordenasse a sua morte. Os investigadores adiantaram que o seu assassinato foi "minuciosamente planejado".
Uma porta-voz do Ministério do Interior russo, Elena Alexeeva, afirmou, em declarações à cadeia de televisão Russia 24, que Boris Nemtsov, de 55 anos, passeava a pé com uma mulher ucraniana na Grande Ponte de Pedra, perto do Kremlin, quando “dispararam quatro tiros nas suas costas, causando a sua morte”.
Conforme adiantaram as autoridades russas, várias pessoas testemunharam o assassinato do ex-vice primeiro-ministro de Boris Yeltsin, confirmando que os tiros foram disparados a partir de um veículo branco.
O advogado da família de Nemtsov, Vadim Prohorov, esclareceu que o político começou a receber, há alguns meses atrás, vários tipos de ameaças nas redes sociais, incluindo ameaças de morte.
Nemtsov, que ocupava atualmente o cargo de deputado no parlamento da região Yaroslavl e co-presidia ao partido RPR-Parnas, morreu poucas horas depois de exigir o fim da censura do governo de Putin e de apelar à participação na manifestação deste domingo contra a guerra na Ucrânia.
Em declarações ao site noticioso Sobesednik no início do mês, Boris Nemtsov afirmou ter medo de que Putin ordenasse a sua morte.
O assessor de imprensa de Putin, Dmitry Peskov, disse à RT que o presidente russo frisou que “este assassinato brutal tem todos os sinais de se tratar de uma morte encomendada e é extremamente provocativo”.
O presidente norte americano Barack Obama condenou o “assassinato brutal” e apelou ao Kremlin que conduzisse uma investigação “imparcial e transparente”.
Este sábado, os investigadores responsáveis por investigar a morte de Nemtsov assinalaram que o assassinato do opositor russo foi "minuciosamente planeado".
Esquerda.net
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