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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Uma mentalidade que faz a seca

Já choveu e muito no sertão em 2015, ontem (Quarta-feira 08) foi um dia muito chuvoso no semi-árido do Rio Grande do Norte, enquanto as pancadas chiavam na caatinga verde e deslumbrante imaginávamos, como deixar tanta água passar ao solo e "ir embora" sem refletir sobre o futuro, quando nos 6 meses do segundo semestre não chove.

Trata-se de uma mentalidade que precisa ser superada, o homem do semi-árido (o sertanejo Fabiano) é um adorador da caatinga verde e de água corrente, mas da abundância passa a clamar a Deus quando só há terra seca: se for deus o responsável diria, já dei a água trata, portanto, de armazená-la.

E construímos grandes barragens e o problema se reduziu e muito, os canais e adutoras e a perspectiva da Transposição do São Francisco fazem com que se possa visualizar a breve tempo o fim dos problemas hídricos.

Mas algo inevitável é o desenvolvimento de técnicas de armazenamento da água da chuva para consumo humano, algo que passa ser preocupação não só em regiões áridas, mas, por exemplo em São Paulo, depois dessa grande seca. Já temos muitas cisternas, mas é preciso mais, se criar uma mentalidade de aproveitamento máximo das precipitações.

Em Vidas Secas Graciliano Ramos retratou com maestria a primeira mentalidade, ou seja, muita água em dado momento e nada de água em outro, uma mentalidade que vê apenas o dia de hoje, muita chuva alegria, seca castigo divino.

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