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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

ONU diz que mortalidade materna caiu 44% desde 1990

Relatório foi publicado nesta quinta-feira por agências das Nações Unidas e o Banco Mundial; Cabo Verde e Timor-Leste fazem parte dos únicos 9 países que alcançaram o Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 5 de reduzir o índice de mortalidade materna em pelo menos 75% neste período.
Foto: Unfpa Filipinas/Czar Dancel
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.


Agências da ONU e o Banco Mundial afirmaram que a mortalidade materna caiu quase 44% no mundo, desde 1990.
Os dados foram publicados em um relatório divulgado nesta quinta-feira, o último em uma série que analisou os avanços sob os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, ODMs.
Saúde
De acordo com a publicação, as mortes maternas em todo o mundo caíram de cerca de 532 mil em 1990 para 303 mil este ano.
Segundo a diretora-geral assistente para saúde familiar, feminina e infantil da Organização Mundial da Saúde, OMS, os ODMs "desencadearam ações sem precedentes para reduzir a mortalidade materna".
Flavia Bustreo afirmou que nos últimos 25 anos, "o risco de uma mulher morrer de causas relacionadas à gravidez caiu quase pela metade". Para a especialista, "este é um progresso real", mas "não é o suficiente".
Erradicação
Bustreo afirmou que a agência está "comprometida" a trabalhar na direção de virtualmente acabar com estas mortes até 2030.
O relatório Tendências em Mortalidade Materna: de 1990 a 2015 contém estimativas da OMS, do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, do Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, do Banco Mundial e da Divisão de População das Nações Unidas.
Avanços Desiguais
Apesar de avanços globais, apenas 9 países alcançaram o ODM 5 que é o de reduzir o índice de mortalidade materna em pelo menos 75% entre 1990 e 2015.
Entre eles, duas nações de língua portuguesa: Cabo Verde e Timor-Leste. Os outros países são Butão, Camboja, Irã, Laos, Maldivas, Mongólia e Ruanda.
Países em Desenvolvimento
No entanto, apesar deste importante progresso, as agências da ONU afirmam que as taxas em alguns destes países permanecem acima da média global.
Até o fim do ano, cerca de 99% das mortes maternas mundiais vão ter ocorrido em regiões em desenvolvimento. A África Subsaariana contabiliza 66% dos casos.
Educação
A vice-diretora do Unicef, Geeta Rao Gupta, afirmou que o fortalecimento dos sistemas de saúde deve ser complementado com atenção a outras questões para reduzir as mortes maternas.
Segundo a especialista, "a educação de mulheres e meninas, em particular as mais marginalizadas, é fundamental para sua sobrevivência e a de seus filhos".
Desenvolvimento Sustentável
A nova Estratégia Global para Saúde de Mulheres, Crianças e Adolescentes, foi lançada pelo secretário-geral da ONU em setembro.
O plano busca ajudar a alcançar a ambiciosa meta de reduzir as mortes maternas a menos de 70 a cada 100 mil nascimentos em todo o mundo, como está incluído nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.
Segundo o diretor sênior de Saúde, Nutrição e População do Banco Mundial, Tim Evans, "o ODS para acabar com as mortes maternas até 2030 é ambicioso e realizável" se os esforços forem "redobrados".

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