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terça-feira, 12 de abril de 2016

Economia da América Latina terá retração de 1% em 2016, alerta Banco Mundial

Informação consta em novo relatório publicado esta terça-feira; documento conta como a região se beneficiou dos bons preços do petróleo, soja, cobre e outras commodities.
Colheita de soja. Foto: Agência Brasil/Roosewelt Pinheiro
Mariana Ceratti, do Banco Mundial em Brasília para a Rádio ONU.
A economia da América Latina entrou no quinto ano de desaceleração e, em 2016, terá retração de 1%.
O alerta é do Banco Mundial, em novo relatório publicado esta terça-feira, pelo economista-chefe para a região. O lançamento foi em Washington, a capital dos Estados Unidos, onde o Banco realiza até domingo suas reuniões de primavera com o Fundo Monetário Internacional, FMI.
Denominado "O Ciclo das Matérias-Primas na América Latina: Miragens e Dilemas", o estudo conta como a região se beneficiou dos bons preços do petróleo, soja, cobre e outras commodities.
Miragem
No período de "miragem", entre 2002 e 2012, a classe média da região ganhou 10 milhões de pessoas a cada ano.
Falando em espanhol, o economista-chefe do chefe do Banco Mundial para a América Latina, Augusto de La Torre, explica que os governos aproveitaram os novos recursos para fazer investimentos na área social.
"A renda se distribuiu de forma favorável aos pobres, aos trabalhadores com menor capacitação, às famílias mais pobres. Isso esteve por trás do crescimento da classe média, da queda da pobreza e da desigualdade. Então, a cara ascendente do boom das commodities teve efeitos progressistas muito importantes."
À medida que os preços das matérias-primas começaram a diminuir, o crescimento da classe média estagnou e cada vez mais latino-americanos se tornaram vulneráveis a cair novamente na pobreza.
Dilema
E um dilema se impôs aos governos da região: como se ajustar a uma realidade de menores receitas sem prejudicar os mais pobres?
O relatório aponta alguns possíveis caminhos para a região enfrentar o período e voltar a crescer.
Ajustes
O primeiro é, quando possível, fazer ajustes fiscais ao longo do tempo, e não bruscamente. O segundo, não compensar a falta de receitas com excesso de impostos sobre as empresas, para não eliminar os incentivos para investimento.
O terceiro, investir em reformas estruturais, como a tributária e a educacional. Isso ajudará os países a diversificar suas economias e a não depender tanto das matérias-primas.
E, por último, criar políticas fiscais que ajudarão os governos latino-americanos a poupar mais quando a economia da região voltar a crescer.

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