A história de Victoria Woodhull, a primeira mulher a candidatar-se à presidência dos Estados Unidos. Por Francisco Louçã.
Gravura representando Victoria Woodhull a tentar exercer o seu direito de voto em 1875.
O The Guardian conta detalhadamente a história de Victoria Woodhull, a primeira mulher a candidatar-se à presidência dos Estados Unidos.
Foi em 1872, pouco depois do fim da guerra civil, e Victoria nem tinha o direito de votar – mas aparentemente não estava excluída do direito de se candidatar. Sufragista, Victoria viveu uma vida escandalosa para o seu tempo, casou-se quatro vezes, viveu com um ex-marido de quem se tinha divorciado, lia Marx e Engels e fez fortuna como a primeira mulher a gerir investimentos na Bolsa, criou o seu próprio jornal, foi a segunda mulher a ser ouvida em audiência numa comissão do Congresso, reclamou o direito de voto para as mulheres e aproveitou a brecha legal para se candidatar. O seu slogan era “Progresso, livre pensamento”.
Três dias antes das eleições foi presa por uma acusação – mais tarde retirada – de difamação, por causa de um artigo escrito no seu jornal. Voltou depois a tentar exercer o seu direito de voto em 1875 (na imagem ao lado, como foi reproduzido na época) e foi de novo impedida de o fazer. Seria preciso esperar mais cinquenta anos para que esse direito fosse aceite no país.
E depois chegou Trump.
Publicado originalmente bo blog Tudo Menos Economia
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