Listarei quatro obras que se passam no sertão do Nordeste, 3 nordestinos e apenas um mineiro entre os autores selecionados. A ideia é apenas mencionar a obra e alguns detalhes para que o leitor possa fazer a leitura.
Vidas Secas:
Obra mais reconhecida do alagoano Graciliano Ramos que tornou reconhecido como escritor depois dos 40 anos. Escritor que prezava por limitar em tamanho ao máximo o texto, enxugava seus rascunhos. Vidas Secas combina o ambiente com os personagens, o livro é um ciclo, inicia-se e termina com os personagens fugindo da estiagem. Obra magistral, focada numa família de retirantes, o autor destina capítulos do livro a cada um dos personagens inclusive à cachorra Baleia. Como primará o regionalismo o foco são os miseráveis.
O Quinze:
Livro de estreia da cearense Rachel de Queiro apenas aos 20 anos de idade, recordações da grande seca vivida pelo Nordeste no ano de 1915. Rachel procura dar sentimentos aos personagens que não existem em Ramos. Há fuga como em Vidas Secas. A trama de um núcleo na capital cearense principalmente na parte que trata da migração dos retirantes para outras regiões do Brasil. Desperta comoção a parte em que um filho de família de retirantes morre envenenado ao se alimentar com mandioca.
Os Cangaceiros:
Obra em que o paraibano José Lins do Rego dá uma descida ao sertão, fugindo um pouco do seu ambiente natural, a Zona da Mata. A trama se centra na vida de uma mãe de cangaceiros e o respeito que estes têm pela genitora. A obra também envolve beatos e coronéis.
Os Jagunços:
Romance escrito pelo mineiro Afonso Arinos de Melo Franco apenas um ano após a Guerra de Canudos, tema do livro. Arinos romanceia a vivência no arraial além de noticiar fatos reais, do conflito amplamente divulgados na época. Dada a época de publicação, os Jagunços não pertence ao ciclo de 1930, como os citados anteriormente, na verdade pode ser enquadrado como uma obra pré-regionalista, como o romance O Cabeleira de Franklin Távora.
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