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terça-feira, 4 de julho de 2017

Não cantam nada

A burrice venceu e a primeira vítima foi o canto. Quanto burros se tornam referência musical o mundo perde a essência poeta. Música não depende de governo nem de Estado. Música é livre. Quando há seres inteligentes e poéticos que saber produzir arte. Quando um bando de cretinos triunfadores surrupiam o canto musical de um país, de um povo ou de uma região invadem e mutilam a identidade cultural desses entes humanos.

O Nordeste tem uma força marcante no canto, desde o aboio, recentemente estudado no livro do Pernambucano João Monteiro Neto intitulado "Aboio, poesia, improviso, cantoria: origens", até o improviso dos cantadores de viola e da voz com gosto de caatinga dos cantores de Forró, se diluiu em vozes safadônicas, turbínicas, sem capacidade de tornar a melodia suave, vozes que a única coisa que possa impressionar é a capacidade de se multiplicar, até parecendo algo que possa ser comprado junto com as guitarras.

Nas bandas correntes o barulho metálico dos instrumentos desorganizados substitui quase por completo o canto, os cantores que não existem, fazem um papel de dançarinos de calça apertada, sem ritmo sequer nas canelas, quando cantoras uma bunda recheada substitui qualquer lirismo.

Que gente de gostos tão duvidosos! As roupas que utilizam são péssimas, combinando com o produto miserável que cospem. Tudo nas bandas é feio, pobre e patético. As letras são coisas  que é preciso de uma forte formação imbecílica para conseguir fechar "composição". É música para incitar no homem instintos que nem os pobres jumentos jamis poderiam demonstrar. Não produz alcoólatras, daqueles que caem pelas calçadas, forma uma modalidade de bebedores viciados em chupar copo.

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