Jardim do Seridó é um dos municípios do Rio Grande do Norte que mais tem sofrido com a presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Dados do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti, o LIRAa, apontam que a taxa de infestação do mosquito na cidade já atinge 17,9%.
Os números preocupam as autoridades locais e estaduais, uma vez que entre janeiro e setembro deste ano o município registrou 76 notificações de casos de dengue, 56 de chikungunya e oito de zika.
A coordenadora de Promoção à Saúde da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte, Iraci Duarte, lembra que Jardim do Seridó está localizado em uma região que enfrenta longos períodos de seca, o que gera a necessidade de a população armazenar água em casa.
Como o mosquito precisa de água parada para depositar os ovos, a coordenadora explica que todos os recipientes devem estar devidamente tampados.
“É preciso manter os depósitos cobertos. É preciso lavar todas a paredes internas dos reservatórios de água pelo menos uma vez por semana, para que os ovos do Aedes aegypti possam ser eliminados. Outro cuidado que se deve tomar é o de não acumular materiais que possam ser possíveis criadouros do mosquito.”
A importância de cada um fazer a sua parte é que casos como o de Josilene Medeiros, pedagoga da Secretaria Municipal de Educação de Jardim do Seridó, podem ser evitados. Mesmo atenta aos possíveis criadouros do mosquito dentro de casa, a moradora do bairro Esplanada, de 53 anos, contraiu dengue há cinco anos. Dois anos depois, ela voltou a ser vítima do mosquito porque um vizinho descuidado não tomou as mesmas providências.
Após sofrer com febres, dores no corpo e de cabeça e indisposição, Josilene conta que ficou ainda mais empenhada no combate ao transmissor da dengue, zika e chikungunya.
“A gente reúne os supervisores das escolas para eles fazerem campanhas educativas. A gente fez um trabalho no segundo bimestre, com a realização de palestras pelo pessoal das endemias, porque o aluno fica mais consciente e ajuda a conscientizar os pais.”
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa por você. Aqui vão algumas recomendações do Ministério da Saúde para a limpeza dos reservatórios de água. É importante mantê-los tampados. A limpeza deve ser periódica, com água, bucha e sabão. Ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Segundo o ministério, esse cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco.
Dengue, chikungunya e zika podem matar. Caso queira denunciar focos do mosquito, procure a prefeitura da sua cidade. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/combateaedes.
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