Projetos que contribuem para melhorar o atendimento à população com menor custo e maior eficiência são premiados pelo Ministério da Saúde na 7ª edição do Prêmio INOVASUS.
Projetos que contribuem para melhorar o atendimento à população com menor custo e maior eficiência são premiados pelo Ministério da Saúde na 7ª edição do Prêmio INOVASUS. Ao todo, foram premiados cinco iniciativas inovadoras em gestão nos serviços de saúde, com valor total de R$1,3mi, em reconhecimento a ideias que inovaram no atendimento das pessoas e no uso de recursos do Sistema Único de Saúde. A ideia é que essas iniciativas sejam conhecidas e possam inspirar outros municípios do país. A secretária da Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, fala sobre a premiação.
“A gente abre para todos os municípios do Brasil um edital para que as pessoas que trabalham no SUS possam mostrar para gente o que que elas fizeram, do que é capaz de mudar e de impactar a vida das pessoas, na sua cidade no hospital, no posto de saúde onde elas trabalham. E a gente com isso que levar eficiência, produzir, incentivar a produção de projetos de baixo custo”
Na categoria de gestão administrativa, o projeto vencedor foi “Sistema de Controle de Agravos do Território”, da Unidade de Vigilância em Saúde de Ermelino Matarazzo, da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, que criou um serviço de gerenciamento de todas as etapas do processo de controle das doenças transmitidas por vetores, como a dengue, febre amarela, malária, entre outros, o que possibilita maior agilidade e eficiência na prevenção e controle dessas doenças. E foi isso o que conta a Carolina Beltramini, da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
“O nosso projeto foi a união dos bancos de dados que analisam os casos de arboviroses. E olha que não são poucos os bancos de dados que trabalham com um único agravo. Isso deixa o profissional completamente louco. E também, além de unir esse banco de dados em um só, foi a união dos saberes da Vigilância Epidemiológica com a Vigilância Ambiental”
Na categoria Saúde Mental do Trabalhador da Saúde, o projeto ganhador foi “Acolhimento como ferramenta de apoio às tensões emocionais do trabalhador da saúde”, da Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos, em que foi feito um Setor de Acolhimento de Saúde do Trabalhador junto ao Núcleo de Saúde do Trabalhador da Saúde. A ação possibilitou o atendimento, registro e encaminhamento das necessidades dos profissionais, buscando novas formas para resolver os elevados níveis de adoecimento dos trabalhadores da saúde. Sueli de Moraes, da Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos, explica o projeto.
“Nós acolhemos os trabalhadores em situação de sofrimento tanto mental, também algumas vezes no físico, mas na área profissional e também na área pessoal. E fazemos algumas pactuações com eles das necessidades que eles nos apresentam naquele momento”
Na categoria arquitetura hospitalar, o projeto vencedor foi “Nova arquitetura do Pronto Socorro de Pelotas: uma construção participativa”, da Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas, que fez uma reforma na estrutura no Pronto Socorro de Pelotas para melhorar a organização dos serviços e a qualidade da assistência prestada às pessoas. A reforma contou com três diferenciais: participação dos funcionários e usuários na criação e execução do projeto, utilização de mão de obra prisional remunerada, e a doação de material de construção pela população e por empresários. É isso o que revela Leandro Thurow, da Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas.
“O projeto de requalificação aqui no Pronto Socorro só foi possível mediante a mão de obra prisional, porque hoje em dia nós não teríamos condições de fazer toda a obra existente que foi feita aqui com relação à questão financeira”
Na categoria Gestão Solidária, o projeto vitorioso foi “Primeiro Laboratório de Tecnologia Assistiva Hospitalar de Baixo custo do Brasil”, do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), da Secretaria Estadual do Pará, com o trabalho que inseriu a Tecnologia Assistiva para proporcionar e ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência, promovendo a independência e inclusão, como explica Lucas da Silva, da Secretaria de Estado de Saúde do Pará.
“Como gente trouxe essa proposta de um laboratório que usa materiais de baixo custo, a gente conseguimos ampliar a produção das órteses aqui no hospital, para ele retornar para sua rotina e realizar todas as suas atividades e ocupações de uma maneira mais independente possível”
Na categoria educação e segurança no trabalho, o projeto premiado foi “A segurança do trabalho e saúde ocupacional aplicada ao servidor público da Secretaria de Saúde do Município de Manaus”, com um trabalho que implantou o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Isso permitiu a minimização, o controle e a eliminação de diversos agentes de riscos ambientais que podem causar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Cleves de Sousa da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, conta mais sobre o projeto.
“Nós queremos identificar os agentes de riscos ambientais que estão dentro deste local de trabalho, buscando elimina-los deste local”
O Ministério da Saúde recebeu 194 inscrições, de todos os estados, para concorrer ao prêmio. Em todas as categorias, a premiação foi entregue aos representantes das secretarias pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Cada um dos cinco vencedores recebeu R$ 250 mil e concorreu ao bônus de R$ 100 mil, que foi entregue ao estado do Pará, por ter alcançado a melhor administração nos recursos do SUS.
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