O Estatuto dos servidores públicos faz mal ao trabalho no Brasil

O problema para o serviço público é o de se evitar perseguições a indivíduos e usos políticos para beneficiar aliados e/ou parentes. No entanto o país não pode manter uma divisão profunda entre o trabalho que produz riquezas no setor produtivo e o trabalho que consome riquezas, setor público. No final do século XIX em campanha a deputado imperial, o pernambucano Joaquim Nabuco, ao demonstrar retoricamente que a escravidão prejudicava o trabalho produtivo no Brasil dizia ao povo: se todos quiserem ser funcionários públicos cada qual terá que tirar do próprio bolso para pagar a si mesmo.

E o Brasil perde suas melhores inteligências com o funcionalismo público, com bons salários, na maioria dos casos bem distante da realidade de um emprego no setor privado, as universidades públicas, custeadas pelo contribuinte pobre, forma "concurseiros" que não produzirão nenhuma riqueza para a sociedade. Serviço público é necessário e fundamental, mas não deve ser o grande objetivo dos grandes cérebros, numa região pobre o emprego público deve ser capital inicial para o estudante pobre se tornar empresário.

Os fóruns não dão expediente nos sábados pela manhã, os pedreiros trabalham o sábado inteiro. Funcionário público faz greve e pedreiro não. Pensa-se que o dinheiro público é um rio abundante que jorra sem que seja necessário o esforço do trabalhador no setor produtivo, produzindo materiais, infraestrutura, produtos industriais e alimentos. Os bancos devem funcionar aos sábados pela manhã e os funcionário devem cumprir jornada de 44 horas semanais, é um emprego confortável e que paga bons salários.

Não deve haver estatuto dos servidores para regulamentar o trabalho dos funcionários estatais, apenas para assegurar garantias que não permitam interferências políticas no desempenhar das funções. O trabalho deve seguir a CLT.