Segundo Mapa do Trabalho Industrial, do SENAI, áreas transversais e energia e telecomunicações demandarão técnicos capacitados em quatro anos
O estado do Rio Grande do Norte terá de qualificar 85.901 trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento entre 2019 e 2023. Os dados são do Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e divulgado nesta semana.
Só de profissionais com habilidades transversais, o estado precisará qualificar 3.203. Esses profissionais são aqueles que trabalham em qualquer segmento,
como técnicos em eletrotécnica e técnicos de controle da produção. Em seguida, as principais demandas virão das áreas de energia e telecomunicações (2.107); metalmecânica (1.833); construção (1.507); e informática (1.493).
Segundo a gerente da Unidade de Economia da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte, Sandra Cavalcanti, a construção civil tem sido um setor importante na retomada da indústria potiguar.
“A construção civil começou a ter saldo positivo de contratação de mão de obra graças a obras de transposição no interior do estado e à construção de imóveis de segmento de alta renda. O setor está reagindo. Isso é um dado bom, porque a construção puxa vários segmentos”, aponta.
Para Sandra, o crescimento de setores industriais no Rio Grande do Norte acarreta demanda por mão de obra qualificada. “Cresce a demanda por mão de obra capacitada pelas indústrias. Esse aumento faz com que as empresas ligadas ao setor recorram ao SENAI para capacitar os profissionais”, completou.
Ocupações
O Mapa do Trabalho Industrial mostra ainda que entre as ocupações que exigem cursos de qualificação e que mais vão demandar profissionais capacitados no estado, estão as de operadores de máquinas para costura de peças do vestuário (5.745); padeiros, confeiteiros e afins (1.569) e operadores de instalações de captação, tratamento e distribuição de água (1.449).
Na avaliação do deputado federal Rafael Motta (PSB-RN), o ensino profissional é uma boa opção tanto para quem está à procura do primeiro emprego, como para os trabalhadores que pretendem se adaptar às mudanças do mercado. O parlamentar cita o exemplo de países desenvolvidos, que priorizam a educação profissional e são bem-sucedidos.
“Em países que são altamente desenvolvidos, o ensino técnico é difundido e ofertado para profissionais que saem do ensino médio. Auxilia muito os profissionais a formalizarem seu trabalho com o objetivo de desenvolver as cadeias industriais”, pontua.
Para quem tiver interesse, é só acessar o site rn.senai.br ou comparecer a uma das unidades do SENAI. Mais informações podem consultadas pelo telefone (84) 3204-0300.
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