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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Brasil ocupa a 79ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano

O Brasil está na 79ª posição global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas – relatório de 2019 relativo ao ano 2018 -, empatado com a Colômbia. Na América Latina, ocupa a 4ª posição, atrás do Chile, Argentina e Uruguai. Cuba, alvo do bloqueio comercial dos Estados Unidos, ocupa a 72ª posição. De acordo com o relatório, Portugal ocupa a 40ª posição, mantendo-se no grupo de países com IDH “muito alto”. Guiné-Bissau e Moçambique são os países de língua portuguesa com pior colocação no relatório da ONU.



Agência Brasil

Dos países onde o português é língua oficial, além de Portugal, classificado no grupo de “muito alto desenvolvimento humano”,  e do Brasil, em “alto desenvolvimento humano”, Cabo Verde, Timor Leste, São Tomé e Príncipe, e Angola fazem parte da lista de IDH com “médio desenvolvimento humano”. Já no grupo dos países com “baixo desenvolvimento humano”estão a Guiné-Bissau e Moçambique.
O estudo deste ano apresenta algumas novidades. Entre elas, mudanças na metodologia de avaliação da qualidade de vida dos cidadãos dos 189 países analisados. “O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) está apresentando novas ideias para [medir] o desenvolvimento. Isso significa romper paradigmas. Queremos mudar a visão do progresso e do desenvolvimento pela ótica da renda, pela ótica das médias, e que é possível esperar até o último momento para tomar decisões. O desenvolvimento é multidimensional, e as médias podem esconder desigualdades. Isso atravanca o progresso”, explicou a coordenadora do relatório, Betina Ferraz Barbosa.
O IDH é calculado com base em três pilares considerados fundamentais pela Organização das Nações Unidas (ONU). Veja abaixo:
IDH
Considerado um país de Alto Desenvolvimento Humano, o Brasil tem tido sucesso na melhora da expectativa de vida e no aumento da renda média per capita ao ano. O aumento do IDH tem sido constante nas últimas três décadas. De 1990 a 2018, o país cresceu 24%, número superior à média latina (de 21%) e à média global (de 22%). A expectativa de vida de um brasileiro ao nascer foi aumentada em 9,4 anos. Nesse mesmo período, a renda média da população cresceu 39,5%.
Mas nem todas as novidades do relatório são positivas. Segundo o PNUD, o acesso a estruturas de ciência, tecnologia e à inovação são novos focos de desigualdade social. A desigualdade de gênero também representa um obstáculo para as políticas públicas.
O relatório cita ainda mudanças climáticas como possíveis causas de desigualdades sociais. “A primeira mensagem-chave deste relatório é que ele fala sobre desigualdades emergentes e aspirações de pessoas que esperam viver vidas dignas no século 21. Isso se reflete no que estamos chamando de ‘nova geração de desigualdades’. O relatório revela o progresso que houve em muitas dimensões, principalmente nas conquistas básicas [de direitos]. Temos fazer uma busca profunda sobre a nossa economia, nossa sociedade, e nas nossas políticas para descobrirmos as origens dessas novas desigualdades”, revelou o economista português Pedro Conceição.
Ainda há espaço para um crescimento significativo do Brasil. Mas ainda que o IDH dispare nos próximos anos, possivelmente não teremos resolvido as “desigualdades arraigadas”, como aponta Betina Ferraz Barbosa, coordenadora que apresentou o relatório. “O Brasil já é bem classificado, e pode caminhar para um outro nível. Mas resolvemos o problema? Não. Apenas aumentamos o que está na pequena cesta de desenvolvimento que forma o índice. Esse é o ponto [da nova metodologia]”, explicou.
Mas a realidade do Brasil está distante da categoria de países que têm o IDH exemplar. Eles são considerados países de Desenvolvimento Humano Muito Alto, de acordo com o caderno. O Brasil é citado no estudo como o país que mais perde posições no ranking, atrás apenas de Camarões. A Venezuela, que passa por profunda crise política e econômica, aparece em 96º.
Veja abaixo o quadro comparativo entre o Brasil e o top 3 do ranking de IDH.
IDH
O IDH de 189 países 
Destacados os oitos países de língua portuguesa

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