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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Banco Mundial revê em baixa crescimento da economia mundial para 2,5% em 2020

O Banco Mundial (BM) prevê um crescimento de 2,5% da economia mundial em 2020, um valor abaixo dos 2,7% projetados em junho, mas acima dos 2,4% estimados para 2019, e adverte que “os riscos negativos predominam”.



Lusa - No relatório “Previsões Econômicas Globais”, hoje divulgado, a instituição presidida por David Malpass assinala que “é esperado que o crescimento global recupere para 2,5% em 2020 – ligeiramente acima do mínimo pós-crise de 2,4% registrado no ano passado, no meio de um enfraquecimento do comércio e investimento – e suba ainda mais no horizonte de previsões”.

Para além da previsão de um crescimento de 2,5% para 2020, abaixo dos 2,7% projetados em junho, o Banco Mundial prevê que em 2021 a economia mundial cresça 2,6% em 2021 e 2,7% em 2022.

Em 2020, a recuperação projetada “poderá ser maior se ações de política recentes – particularmente aquelas que mitigaram tensões comerciais – levarem a uma redução sustentada nas incertezas políticas”.

“Não obstante, os riscos negativos predominam, incluindo a possibilidade de uma reescalada das tensões comerciais globais, descidas acentuadas nas maiores economias, e disrupções financeiras nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento”, avisa o Banco Mundial.

A instituição sediada em Washington considera ainda que “a materialização desses riscos testaria a capacidade dos decisores políticos de responderem eficazmente a eventos negativos”, num contexto de desafios associados a “altos níveis de dívida e de um reduzido crescimento de produtividade”.

“O crescimento mundial desacelerou marcadamente em 2019, com uma continuada fragilidade no comércio mundial e no investimento”, uma circunstância “abrangente, afetando tanto as economias avançadas – particularmente a zona euro – e os mercados emergentes e economias em desenvolvimento”, pode ler-se no relatório do Banco Mundial.

A instituição atribui o abrandamento (a economia mundial tinha crescido 3,2% em 2017 e 3,0% em 2018) à descida “em paralelo” de vários indicadores-chave da atividade econômica.

“Em particular, o comércio mundial de bens esteve em contração durante uma parte significativa de 2019, e a atividade da indústria transformadora abrandou marcadamente no decurso do ano”, assinala o Banco Mundial, que refere que a atividade dos serviços se moderou, contribuindo também para a desaceleração, ainda que numa escala menor.

Segundo o Banco Mundial, o volume de comércio mundial desacelerou de um crescimento de 4,0% em 2018 para uma estimativa 1,4% em 2019 (“o ritmo mais fraco desde a crise financeira mundial”), e as previsões apontam para uma subida até aos 1,9% em 2020, 2,5% em 2021 e 2,8% em 2022.

“No curto prazo, é geralmente esperado que a política monetária mundial permaneça acomodatícia; no entanto, é provável que o apoio à política orçamental desvaneça”, pode também ler-se no documento.

Nas economias avançadas, o Banco Mundial estima que o crescimento este ano desça para o patamar dos 1,4% (depois de 1,5% estimados para 2019), 0,1 pontos percentuais abaixo da estimativa de junho, “refletindo em parte a persistente fragilidade da indústria transformadora”.

“Em contraste, depois de desacelerar para um estimado e mais fraco do que o esperado 3,5% no ano passado, projeta-se que o crescimento nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento aumente para 4,1% em 2020”, um valor, ainda assim, 0,5 pontos percentuais abaixo das previsões econômicas de junho do Banco Mundial.

A instituição refere também que “nos países de baixos rendimentos, o crescimento deverá ser pouco alterado nos 5,4% em 2020 e acelerar para uma média de 5,7% no horizonte de previsões”, valores que, no entanto, ficam “longe do suficiente para alcançar os objetivos do alívio da pobreza”.

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