Euronews - Numa atmosfera de ansiedade, é assim que os habitantes das cidades italianas isoladas devido ao coronavírus descrevem o ambiente em que vivem.
Onze cidades da Lombardia e Veneto estão em quarentena, enquanto as autoridades italianas tentam conter o pior surto de Covid-19 na Europa e o terceiro pior do mundo.
Entretanto, uma cimeira de ministros da saúde de países que fazem fronteira com a Itália, para determinar "linhas de ação comuns", será realizada em Roma.
Na capital italiana, alguns turistas estão imperturbáveis
"Temos apenas uma vida e devemos aproveitá-la, não vamos começar a esconder-nos cada vez que algo acontece. Uma epidemia aqui, uma epidemia ali. A epidemia de gripe também acontece todos os anos, mata muitas pessoas, e não falamos sobre isso," afirma uma turista francesa.
"Sim, existem casos, entre outros, alguns casos bem perto de onde moramos, mas, objetivamente, não estamos preocupados," revela um turista italiano.
Por seu lado, a Organização Mundial da Saúde alertou o mundo para uma possível pandemia de covid-19.
"É o momento de nos prepararmos. Temos de fazer tudo o que se faria para nos prepararmos para uma pandemia. A esperança que temos dos esforços da China é que fica claro que a China e vários outros países com eventos menores conseguiram suprimir e conter o vírus," declarou o diretor de emergências de saúde da Organização Mundial de Saúde, Dr. Michael Ryan.
Focos do vírus continuam a surgir fora da China, onde o surto começou. Agora está espalhado por 37 países.
Na segunda-feira, Iraque, Afeganistão, Kuwait, Omã e Bahrein relataram os primeiros casos, todos envolvendo pessoas que vieram do Irão, onde continua a luta para conter o surto. A maioria dos casos foi registada na cidade sagrada de Qom.
Na segunda-feira, um parlamenta acusou o governo de encobrir a extensão do surto, dizendo que houve 50 mortes somente na cidade. No entanto, o vice-ministro da Saúde do país negou a alegação.
A Coreia do Sul - tem o maior número de casos confirmados fora da China - os maiores focos do vírus estão ligados a um hospital e um grupo religioso perto da cidade de Daegu, no sudeste.
Portugal regista o 15.º caso suspeito de Covid-19, uma mulher proveniente de Milão, está internada no Hospital de São João, no Porto.
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