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segunda-feira, 23 de março de 2020

São Paulo registra, até agora, 19 mortes por dengue em 2020

A unidade da federação paulista ficou atrás apenas do Paraná, que computou 23 óbitos.



O estado de São Paulo registrou 19 mortes em decorrência da dengue em 2020, segundo o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em março. A unidade da federação paulista ficou atrás apenas do Paraná, que computou 23 óbitos. A taxa de incidência é de 229,9 por 100 mil habitantes, considerada média pela pasta da Saúde.  


O número de casos prováveis de dengue também merece atenção. De acordo com o boletim, são mais de 105 mil em todo o estado – muito acima de Minas Gerais, que aparece na segunda colocação da região Sudeste, com quase 26 mil casos prováveis. 



Entre os quatro sorotipos da dengue, os tipos 1 e 2 foram predominantes em São Paulo, segundo o levantamento do Ministério da Saúde. 



De acordo com o titular da Superintendência de Controle de Endemias do estado, Marcos Boulos, a circulação do sorotipo 2 causa preocupação pelo fato de boa parte da população não estar imune ao vírus.



“A circulação desses vírus é aleatória, vem com as pessoas, então pode circular os quatro sorotipos até simultaneamente. O tipo 2 chega agora depois de muito tempo sem tê-lo. Então nós temos que nos preparar porque boa parte da população não está imune ao sorotipo 2. A tendência é você ter mais doenças desse sorotipo.” 



Em relação à Zika e chikungunya em São Paulo, também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, os números são bem menores. Se os casos prováveis de dengue no estado foram os maiores da região Sudeste, os de chikungunya foram os mais baixos – 391 registros. Bem abaixo do Espírito Santo, por exemplo, que registrou mais de 2 mil casos. A Zika teve 131 ocorrências entre os paulistas. 



Mesmo com registro menor de casos, o diretor de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Julio Croda, alerta para os perigos da Zika e da chikungunya. 



“O vírus da chikungunya, assim como o Zika, apresenta impacto importante. O da chikungunya pode evoluir para formas crônicas, então gera impacto importante em termos de saúde pública. E o vírus da Zika a gente teve uma circulação menor, mas que gera impacto importante, principalmente para as gestantes.” 



Além do apoio do Ministério da Saúde, o combate ao mosquito Aedes aegypti conta com a participação de outros órgãos estaduais como a Secretaria de Educação e Transportes Metropolitanos e a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo. 



O Ministério da Saúde alerta que a população precisa combater o mosquito transmissor da dengue de forma permanente. A recomendação é ter atenção à limpeza dos locais que possam favorecer os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Essa é a única forma de prevenção. Faça sua parte. Saiba mais em saude.gov.br/combateaedes.

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