Fim à vista na guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia? Reunião do G20, na sexta-feira, permitirá ter melhores perspetivas dos compromissos
Dinheiro Vivo - Os principais produtores de petróleo terão chegado a acordo para um corte conjunto na produção da ordem dos 10 milhões de barris ao dia, avançam vários meios de comunicação internacional, que asseguram que a própria Rússia se comprometeu a fazer “cortes profundos”.
A reunião, que está a decorrer por videoconferência, junta os responsáveis políticos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, liderado pela Rússia, e terá chegado ao “esboço de um acordo” para reduzir a produção em 10 milhões de barris por dia, refere a Bloomberg. A reação do mercado é tímida, com o preço do Brent, em Londres, a subir 1,83% para 33,44 dólares o barril, e o preço do WTI, em Nova Iorque, a valorizar 1,67% para os 25,51 dólares. Números que “refletem a preocupação de que o volume de cortes em discussão equivale só a uma fração da perda da procura, que alguns analistas estimam chegar a 35 milhões de barris por dia”, refere a Bloomberg.
A agência sublinha, ainda, que não está claro se o acordo provisório depende dos EUA, embora admita que uma aliança mais ampla, envolvendo mais países, incluindo os Estados Unidos, é “crucial para reavivar os preços que atingiram o nível mais baixo em 18 anos”.
As negociações do G20, que decorrerão amanhã, permitirão perceber como irá Donald Trump responder ao acordo da OPEP +. “O Kremlin insistiu que os EUA devem fazer mais do que apenas permitir que as forças do mercado reduzam sua própria produção record, enquanto Trump tem dito que o corte nos EUA acontecerá “automaticamente”, à medida que os preços baixos colocam os produtores de shale oil em apuros”, destaca, ainda, a Bloomberg.
Já a Reuters fala num possível corte de até 20 milhões de barris por dia, um valor “recorde”, admite, e que corresponderia a uma redução de 20% da oferta global. A agência cita fontes da OPEP e da Rússia, mas lembra que, mesmo sendo um valor histórico, um eventual corte de 20 milhões de barris ao dia fica, ainda assim, aquém das necessidades, já que, com o alastrar da pandemia de covid-19 a procura global de combustível caiu em 30 milhões de barris ao dia.
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