Outra figura de triste passagem pela presidência da República e que hoje comemora 90 anos de existência, José Sarney, quando das vésperas das eleições de 2018 afirmou que Bolsonaro ganharia mas que não durava seis meses. Sarney sabia que poderia ser um pouco mais, no entanto, creio que os motivos que levaram o Capitão Hereditário do Maranhão a fazer tal assertiva eram outros.
Ninguém sabia como seria a governança bolsonarista, até se imaginava facilmente posturas autoritárias ou direcionadas a golpes pelo histórico do deputado folclórico de corredor, agora era difícil imaginar que seria um governante tão suicida: Todas as crises geradas no Governo Bolsonaro foram criadas por ele mesmo.
Hoje, a demissão de Sérgio Moro, que deve ter sido convidado por Bolsonaro para incrementar sua imagem de governante preocupado com corrupção, um cálculo muito mal feito e até idiota já que Bolsonaro não tem tal preocupação, tinha funcionários fantasmas no gabinete e o filho é o rei da rachadinha no Rio, selou o início definitivo do fim do Governo gerado por um acidente histórico da nação brasileira ao escolher alguém que não serviria nem para vereador de Glicério-SP.
O grande sonho de Bolsonaro, claramente, é ser um ditador de trajes militares como seus ídolos Pinochet e Stroessner, por isso fora fazer discurso populista diante do Quartel-General do Exército, ocorre que para o exército será mais conveniente contar com um membro de seus quadros de muito maior graduação, General 4 estrelas, sem necessitar ferir qualquer ponto da legalidade constitucional.
Disse profeticamente Ruy Barbosa que o militarismo mancha antes de tudo a imagem das forças armadas. Imagine o tamanho da mancha que pode causar nas FFAA um Tenente-Coronel burro e incapaz de governar e com ímpetos golpistas. A escolha de Mourão, que nem era o preferido de Bolsonaro, caiu como uma luva do acaso para a reputação das Forças Armadas.
O impeachment está pronto por todos os lados: a popularidade despenca e a queda de Moro fará com que a desaprovação de Bolsonaro aumente ainda mais; o STF já se posicionou na figura de Celso de Mello dando a Rodrigo Maia 10 dias para que se manifeste a respeito de pedidos de impeachment na mesa da Câmara dos Deputados e o Congresso já se encontra em desalinho total com o Planalto. Movimentos ativos no impeachment de Dilma também já passam a apoiar protestos contra o Presidente; o MBL convocou um panelaço para a tarde desta sexta-feira. Restará a Bolsonaro apenas os seus seguidores fanáticos.
Com isso se pode dizer sem qualquer medo de errar que o General Hamilton Mourão já pode mandar passar o terno para tomar posse, o impeachment é mais certo do que o resultado da final da Copa de 94 que será exibido pela Globo no Domingo.
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