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quarta-feira, 15 de abril de 2020

Petróleo com a maior quebra de procura de sempre em 2020

Quebra de procura por causa do novo coronavírus anula crescimento dos últimos 10 anos, segundo relatório da Agência Internacional de Energia.



Diogo Ferreira Nunes - Dinheiro Vivo

2020 vai ficar marcado pela maior quebra de sempre na procura de petróleo. A previsão é da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla original) e foi tornada pública esta quarta-feira, três dias depois do acordo da OPEP e dos países aliados para a redução da produção de petróleo em 9,7 milhões de barris/dia a partir de 1 de maio.

O corte acordado no domingo fica pouco acima da redução da procura estimada para 2020. A IEA, no relatório mensal, antecipa uma quebra recorde, em média, de 9,3 milhões de barris/dia, o que anula praticamente todo o crescimento verificado na última década.

Se olharmos para o cenário do mês de abril, o impacto é muito mais forte: este mês vai ficar marcado pela quebra de procura de 29 milhões de barris de petróleo/dia, atirando este indicador para o nível verificado há 25 anos, em 1995. Maio não será um mês muito melhor, com uma quebra de procura de 26 milhões de barris por dia. Em junho, a redução será de 15 milhões de barris/dia.

“Não há um acordo razoável que possa cortar suficientemente a oferta para minorar efeitos tão devastadores no curto prazo”, refere a agência. “Ainda assim, os progressos da semana passada são um começo forte”, acrescenta a IEA.

As próximas semanas também vão ser um desafio logístico: no final do primeiro semestre, haverá 12 milhões de barris de petróleo/dia que ficarão guardados. China, Índia, Coreia do Sul e Estados Unidos já admitiram estar disponíveis para guardar os barris temporariamente. 

O relatório também assinala que o investimento das petrolíferas nesta indústria vai cair 32% em 2020, para 335 mil milhões de dólares (305,8 mil milhões de euros). O investimento mais baixo dos últimos 13 anos “põe em causa a capacidade de a indústria petrolífera desenvolver algumas das tecnologias necessárias para promover a transição energética limpa no mundo”, argumento a agência.

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