O tratamento imprudente do presidente brasileiro com a covid-19 voltará para assombrá-lo
Apenas quatro governantes do mundo continuam negando a ameaça à saúde pública representada pela covid-19. Dois são destroços da antiga União Soviética, os déspotas da Bielorrússia e do Turquemenistão. Um terceiro é Daniel Ortega, o ditador tropical da Nicarágua. O outro é o presidente eleito de uma grande democracia, ainda que maltratada. A minação de Jair Bolsonaro dos esforços de seu próprio governo para conter o vírus pode marcar o início do fim de sua presidência.
Bolsonaro é apoiado por um pequeno círculo de fanáticos ideológicos que incluem seus três filhos, pela fé de muitos protestantes evangélicos e pela falta de informações sobre a covid-19 entre alguns brasileiros. Os dois últimos fatores podem mudar à medida que o vírus atinge seu sulco fatal nos próximos meses. Em 8 de abril, o Brasil havia sofrido 14.049 casos confirmados e 688 mortos. E o presidente pode não ser capaz de se colocar em quarentena da culpa pelo impacto econômico. Por sua imprudência com a vida dos brasileiros, Bolsonaro forçou a possibilidade de sua própria saída da agenda política. É provável que permaneça lá após o desaparecimento da epidemia.



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