Gastos com cartões corporativos da Presidência nos 3 primeiros meses de 2020 são os maiores desde 2013
O presidente Jair Bolsonaro bem que tentou justificar os R$ 6,2 milhões gastos com cartões corporativos nos primeiros três meses deste ano, alegando ter usado para pagar o voo dos brasileiros repatriados que estavam na China. Ocorre que, descontados os R$ 750 mil usados nesta operação, 2020 teve o maior gasto com cartão corporativo nos três primeiros meses do ano desde pelo menos 2013 – total de R$ 5,4 milhões.
De acordo com dados mais antigos disponíveis no Portal da Transparência do governo federal, até então o maior valor para este período era de 2014, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Naquele ano, foram R$ 4,7 milhões (R$ 4.765.802,69), em valores corrigidos pela inflação.
No governo Bolsonaro, os gastos dos cartões corporativos da Abin também cresceram muito. De janeiro a março do ano passado, foram R$ 750 mil. Em 2020, no mesmo período, foram mais de R$ 2,5 milhões, maior valor desde pelo menos 2013. A Abin, é bom lembrar, está sob o comando de Alexandre Ramagem, o ‘quase’ diretor-geral da Polícia Federal.
Só de janeiro a março deste ano, os valores somaram R$ 6,2 milhões (R$ 6.214.967,31), mais que o dobro do mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2019, os gastos com cartão corporativo da Presidência foram de R$ 2,5 milhões (R$ 2.513.286,42).
Os dados se referem à Secretaria de Administração da Presidência, ao Gabinete de Segurança Institucional e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Eles são divulgados somente em valor total, sem detalhamento de quem gastou e do que foi comprado.
A secretaria-Geral da Presidência informou, por meio de nota, que as despesas com a residência oficial estão menores que as médias dos anos anteriores e atribuiu os gastos às viagens nacionais e internacionais do presidente.
Com informações do G1



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