Aqueles que já são devedores de financiamentos com recursos do FNE poderão renegociar as dívidas, adicionando mais um ano à carência
Com o objetivo de recuperar e preservar as atividades produtivas, o Banco do Nordeste já liberou R$ 500 milhões para socorrer pequenos empreendedores, informais e cooperativas instaladas na região. A linha de crédito emergencial tem como origem o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que disponibilizou R$ 3 bilhões para ajudar no enfrentamento dos prejuízos causados pela pandemia do novo coronavírus.
Aqueles que já são devedores de financiamentos com recursos do FNE poderão renegociar as dívidas, adicionando mais um ano à carência. Já os que precisam solicitar novos financiamentos podem fazê-lo para investimentos de até R$ 200 mil e para capital de giro, de até R$100 mil, com taxa de apenas 2,5% ao ano e possibilidade de carência até 31 de dezembro deste ano. Segundo o presidente do Banco do Nordeste, isso quer dizer que tudo começa a ser pago apenas em 2021.
“Para o crédito novo, a carência é até o fim de dezembro de 2020. A partir de janeiro, ele passa a pagar os créditos novos, tanto para capital de giro quanto para investimento. E para os negócios que tinham dívidas pré-existentes dos clientes, a carência é de 12 meses”, explicou.
As parcelas de financiamentos, vencidas ou que vencerão até 31 de dezembro deste ano, terão o pagamento adiado para o ano que vem, em conformidade com cada tipo de operação.
Com relação aos novos créditos, o financiamento de até R$ 200 mil deve ser utilizado pelo empreendedor que precisa investir em construções, aquisições de bens de capital e serviços e capital de giro associado. A outra modalidade, de até R$ 100 mil, tem como foco os pequenos empresários que precisam manter estoques e cumprir despesas com salários e outras contribuições. Ajuda que, na avaliação de Romildo Rolin, será fundamental neste período.
“O setor produtivo está passando por dificuldades sistêmicas, tendo em vista a paralisação das atividades. Muitos trabalhando abaixo de sua capacidade instalada. Então, o banco precisa chegar e fazer a repactuação, a inserção de créditos novos de forma emergencial para que as empresas possam manter custos fixos e empregos”, pontuou.
O prazo de contratação das operações de crédito será enquanto perdurar o estado de calamidade pública reconhecido por ato do Executivo Federal, limitado a 31 de dezembro de 2020. O foco da oferta de crédito está nos empreendimentos comerciais e de serviços, mas pessoas jurídicas que desenvolvam atividades produtivas não rurais também podem solicitar o financiamento. As agências do Banco do Nordeste estão autorizadas a receber o pedido, entrar com o processo e fazer a contratação da operação, o que elimina burocracias e torna a liberação do crédito mais ágil. Para mais informações, acesse bnb.gov.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário