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terça-feira, 26 de maio de 2020

Bolsonaristas são burros e deslumbrados



A mais recente trapalhada, terrível por sinal, do bolsonarismo fora cometida pela deputada federal e alinhada de primeiríssima hora do Presidente, Carla Zambelli: numa entrevista à Rádio Gaúcha a parlamentar acabou deixando escapar as operações da Polícia Federal contra governadores, acerca de ilícitos em torno de verbas utilizadas no combate a Covid-19, hoje o Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, fora alvo de mandado de busca e apreensão.

É possível que o governador Witzel esteja envolvido em esquemas de corrupção, mas a declaração deslumbrada de Zambelli demonstra que Bolsonaro conseguiu em relação à Polícia Federal aquilo que reclamava faltar na gestão de Sérgio Moro, agora saberá antecipadamente o que a PF vai fazer, torna-se uma polícia política, cada vez menores são as chances de o seu filho, o miliciano Flávio Bolsonaro, ser alvo de operações policiais.

Hoje mesmo, Flávio fora à web rebater acusações feitas contra si por Wilson Witzel e tratou de tecer inúmeros elogios ao desaparecido e bem protegido Fabrício Queiroz.

A burrice do bolsonarismo é evidente, é um movimento de fanáticos e, para se ser fanático é necessário ou ser genuinamente burro ou deixar de lado o saber possuído em nome do fanatismo, intelectuais podem sim ser fanáticos. Um movimento de rebanho aniquila a inteligência, que necessita ser autônoma.

O deslumbramento vem de uma mundiça que frequentava os "escritórios" das milícias do Rio e viviam nos gabinetes parlamentares a fuçar no lamaçal da rachadinha e sem importância nos parlamentos e passa a ocupar os escritórios do mais alto poder da República. Por isso eles sempre entregam o que são acusados.

No dia do pedido de demissão de Sérgio Moro, o ex-juiz do Supremo Tribunal Federal, Francisco Rezek, afirmara em relação ao inquérito que se desenrolou a partir das declarações de Moro que não havia necessidade de o ex-juiz prestar depoimento, pois, tudo que afirmara em seu pronunciamento de despedida foi comprovado por Bolsonaro ao fim do dia:
“Tudo aquilo que o ex-ministro Moro disse naquela manhã em que se demitiu do governo, foi prodigiosamente confirmado pela voz do próprio presidente da República naquele encontro no Palácio do Planalto, em que ele, tendo todo seu ministério ao lado, disse exatamente o que o Moro havia dito de manhã” (Francisco Rezek)
Mais recentemente, no desenrolar das apurações em torno da polêmica causada pela saída de Moro do governo, interferência na Polícia Federal para blindar parentes e aliados, Bolsonaro disse que uns amigos dele da polícia o anteciparam sobre possíveis operações:
“Sabiam do problema do governador, que queria minha cabeça a todo custo? Que o objetivo dele é ser presidente da República, né? E para isso tinha que destruir a mim e à minha família. O tempo todo vivendo sob tensão. Possibilidade de busca e apreensão na casa de filhos meus, onde provas seriam plantadas. Levantei – graças a Deus tenho amigos policiais civis e policiais militares no Rio de Janeiro – o que estava sendo armado para cima de mim. ‘Moro, eu não quero que me blinde. Mas você tem a missão de não me deixar ser chantageado’. Nunca tive sucesso para nada”, disse o presidente.
E, agora, a deputada Carla Zambelli deixa escapar que o atual ministro da justiça proporciona todas as condições para que a Polícia Federal seja utilizada como polícia política para blindar os filhos e os aliados e atacar adversários:
“A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha, para sair, mas não saíam. E a gente deve ter, nos próximos meses, o que a gente vai chamar, talvez, de ‘Covidão’ ou de… não sei qual vai ser o nome que eles vão dar… mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, disse a parlamentar.
No vídeo da fatídica reunião de 22 de abril, o dia que o Brasil descobriu a peste que o governa, Bolsonaro revelou que estava a "estudar" como o sistema de espionagem chinês atua nos EUA:
Eu tava vendo, estudando em fim de semana aqui como é que o serviço chinês, secreto, trabalha nos Estados Unidos. Qual a preocupação nossa aqui? [trecho com tarja] É simples o negócio. "A, não deve publicamente" . Devo falar como? Tá todo mundo vendo o que tá acontecendo. [trecho com tarja] Tudo bem. [trecho com tarja] Você tira o [treco com tarja] porra da [trecho com tarja] tu não tira.
O presidente, que têm suas fixações neuróticas, cloroquina, nióbio, grafeno, etc, está vidrado em fazer espionagem. Vasculhar a vida privada dos adversários para poder ter trunfos contra eles e, de forma mais gravosa, tornar a PF numa Gestapo. A China é uma tirania... e Bolsonaro está interessado na espionagem chinesa. 


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