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domingo, 3 de maio de 2020

Bolsonaro saúda manifestação em defesa de intervenção militar contra regime democrático

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a apoiar neste domingo (03) uma manifestação, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na qual se fizeram ouvir palavras de ordem contra o regime democrático e faixas a exigir intervenção militar, contra o Congresso Nacional ( Senado e Câmara dos Deputados) e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).



“O Poder Executivo está unido para tirar o Brasil da onde se encontra. Vocês sabem que povo está conosco. As Forças Armadas, ao lado da lei e da ordem, da democracia e da liberdade, também estão do nosso lado. Deus acima de tudo. Vamos tocar o barco. Peço a Deus que não tenhamos problemas nesta semana porque chegamos no limite, não tem mais conversa. Daqui para a frente, não só exigiremos, como faremos cumprir a Constituição. Ela será cumprida a qualquer preço e ela tem dupla mão, não é uma mão de um lado só não. Amanhã [ segunda-feira, 03] nomeamos o novo diretor da Polícia Federal, e o Brasil segue seu rumo, disse Bolsonaro.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra ministros do Supremo Tribunal Federal, contra o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sérgio Moro, e contra o presidente da Câmara dos Ddeputados, Rodrigo Maia.

“Nós queremos o melhor para o nosso país. Queremos a independência verdadeira dos três poderes, e não apenas uma letra da Constituição, não queremos isso. Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência. Vamos levar esse Brasil para frente. Acredito no povo brasileiro e nós todos acreditamos no Brasil”, disse o presidente, por meio de uma declaração ao vivo num rede social.

A tensão política tem vindo a aumentar no Brasil, em meio à pandemia de covid-19 que já causou a morte de mais de seis mil pessoas em todo o país e cuja gravidade Bolsonaro tem vindo a minimizar.

Depois de demissão do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, defensor de medidas de proteção social, como quarentenas e isolamento nos domicílios, recomendadas pelo Organização Mundial da Saúde (OMS), o presidente da República exonerou o diretor da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, levando à exoneração do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Bolsonaro tem visto nos últimos dias várias medidas suas rejeitadas pelo Congresso e pelo Supremo, entre elas a nomeação de um novo diretor da PF, para a qual pretendia nomear o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin, serviços secretos), amigo dos seus filhos.

Desde a exoneração de Maurício Valeixo, a Polícia Federal é chefiada interinamente pelo delegado Disney Rossetti.

No sábado (2), o ex-ministro Sérgio Moro prestou declarações à Polícia Federal, em Curitiba, no âmbito de  inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar  supostas tentativas de Bolsonaro interferir na PF ou eventual denunciação caluniosa por parte de Moro, feita em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.

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