Portal da Tropical - O Rio Grande do Norte contabiliza, nesta segunda-feira (11), um total de 90 mortes provocadas pela Covid-19. As três novas confirmações foram de duas pacientes em Areia Branca, com 65 e 61 anos, e uma em Natal, com 91 anos. Todas apresentavam quadro de diabetes e hipertensão. Além disso, outros 36 óbitos estão sendo investigadas para confirmar se a causa teve relação com o novo coronavírus. As informações foram divulgadas pelo secretário adjunto de Saúde do RN, Petrônio Spinelli, durante coletiva de imprensa. Ele chamou atenção para outro dado preocupante: mesmo com o aumento constante do número de mortes, no último sábado (9), véspera do Dia das Mães, a taxa de isolamento social no estado foi de apenas 38,57%.
“O dia das mães trouxe muita felicidade, mas também aumentou muito a preocupação. Estamos divulgando esse número [da taxa de isolamento social] porque ele é decisivo para o que vai acontecer nos próximos dias. Nós falamos, há mais ou menos dez dias, que o aglomerado nas ruas traria consequências. Falamos também que nós iríamos, na nossa política estratégica de ampliação de leitos, tentar acompanhar ou ainda ficar a frente do número de casos que iriam surgir. Mas, sem isolamento social, não existe Governo no mundo que tenha leitos suficientes. A taxa de 39,57% de isolamento social do sábado é prenúncio muito grave do que vai acontecer daqui a uma semana. Isso sem esquecer que, neste momento, já estamos em uma situação muito crítica”, alertou secretário.
Spinelli também comentou que o fim de semana teve um baixo índice de testagem, o que pode interferir diretamente da fidedignidade dos números atuais. Conforme divulgado por ele, o estado potiguar registra, nesta segunda-feira, um total de 1.935 casos confirmados, 7.605 suspeitos, 5.440 descartados e 662 recuperados. “Alertamos para a disparidade do número de suspeito para o número de confirmados. Cada vez mais, com o avanço da epidemia, essa diferença vai aumentar. E mesmo os casos suspeitos serão subestimados, subdimensionados, porque, numa epidemia, qualquer pessoa que esteja com sintoma gripal é considerado suspeito”, explicou.
Reportagem: Letícia França
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