Em Brasília um jumento andou montado num cavalo - Blog A CRÍTICA

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domingo, 31 de maio de 2020

Em Brasília um jumento andou montado num cavalo



Em Assunção, capital do Paraguai, existe o Parque de la Victoria, um monumento ao "Mariscal" Francisco Solano López, em que se destaca a estátua a cavalo do ditador megalomaníaco que jogou o seu país na destruição total. Homenagem à uma vitória que nunca houve, apesar de ter dado causa a destruição daquele país, o tirano é venerado pela história paraguaia. Contradição latino-americana. 

Os ditadores paraguaios eram jacobinos convictos. Ao morrer as últimas palavras de Lópes foi: "Muero con mi patria", de fato morreu López com o Paraguai, 70% da população do país fora dizimada. Exemplo máximo de como e quando a loucura de um dirigente, respaldada por sua população, às vezes nem tanto, não havia sociedade civil naquele Paraguai, leva uma nação ao caos.

Não há melhor exemplo para comparar o Brasil com a presidência doentia do caudilho Bolsonaro do que com a loucura Lopizta. Os tiranos paraguaios, o último dele fora muito elogiado por Bolsonaro, o pedófilo Stroessner, pregavam a igualdade mas eram mais iguais do que todos os outros habitantes do país. Justamente o que Bolsonaro pretende, se o judiciário investigar seu governo ameaça o poder da República com as forças armadas e com o golpe.

Todo domingo há um show de bizarrice, loucura política e horrores do fanatismo. Uma horda de aduladores se aglomeram em Brasília para incentivar as demências acéfalas do líder bizarro. Hoje, Bolsonaro saudou, dizendo-se ao lado do povo, só que povo é somente aduladores, seus apoiadores a cavalo. Um espetáculo ridículo, uma das raras vezes em que um jumento montou um cavalo. Tornando o Brasil na imagem velha da República das Bananas ou da Repúblicas dos jumentos.




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