Prisão de Fabrício Queiroz não aconteceu para evitar que candidato fosse afetado no processo eleitoral
Painel Político - A Polícia Federal volta a ser acusada de favorecer politicamente uma candidatura presidencial, desta vez o beneficiado foi Jair Bolsonaro (sem partido).
O empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro no Senado, revelou que a Polícia Federal, em 2018, entre o primeiro e segundo turno, deixou de cumprir a Operação Furna de Onça, que tinha como alvo Fabrício Queiroz, acusado de chefiar um esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, para não prejudicar a candidatura de Jair.
As informações a Paulo Marinho foram repassadas pelo próprio Flávio, que na ocasião, já eleito senador em dezembro de 2018 e seu pai presidente da República, estava transtornado e procurava um advogado criminal.
Flávio contou a Marinho que soube com antecedência da operação, e foi aconselhado, à época, pelo próprio delegado-informante, a demitir Fabrício Queiroz e demais envolvidos no esquema, o que Flávio fez, em 15 de outubro de 2018. Marinho contou ainda que Flávio mantinha contato com Queiroz através de um advogado. As revelações de Marinho foram divulgadas neste domingo pelo jornal Folha de São Paulo, onde o empresário concedeu entrevista.
Paulo Marinho é empresário, suplente de Flávio Bolsonaro no Senado e foi, durante a campanha de 2018, um dos mais próximos apoiadores de Jair Bolsonaro, chegando a ceder sua casa para estrutura de campanha.
Polícia Federal como máquina de favorecimento
A Polícia Federal beneficiar uma candidatura não é novidade. Em vários momentos da história recente do país a instituição esteve diretamente envolvida no processo eleitoral.



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