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segunda-feira, 18 de maio de 2020

Três ministros do governo Bolsonaro comprovam ineficácia do olavismo para combater a idiotice



Uma vez um discípulo de Umberto Eco lhe perguntou quando se está pronto para morrer, ao que o autor de O Nome da Rosa e d`O Cemitério de Pragarespondeu que estamos prontos para enfrentar a morte quando convencidos de que todos os outros são idiotas, somente nós que não. Aqui nós é eu, vale para cada um. Você poderá ler esta tese de Eco no link abaixo:



Umberto Eco ensina que o processo para deixarmos de sermos idiotas começa por pensarmos que todos os outros são melhores que nós. Eu o único idiota do mundo diante de tanta gente sábia e ilustre e admirada. A coisa vai se invertendo, a dúvida brota, transcorre todo um processo até que se inverte o jogo, todos são idiotas e só um único ser não o é, justamente eu. Aí já se pode morrer tranquilo. O ruim é que muitos morrerão sendo idiotas sem saber que são, a idiotice não garante eternidade. E quando deixamos de ser idiota já não tentamos convencer ninguém de deixar de sê-lo, apenas contemplamos o espetáculo.

Olavo de Carvalho procurou ensinar seus leitores a como deixarem de ser idiotas, a fórmula sustentada por Olavo se dá através da política, o que não é um caminho lá muito seguro. A idiotice só existe na esquerda política e aqui é esquerda tudo que Olavo considere como tal. Os escritos de Olavo reproduzem as ideias de Plínio Apuleyo Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa quando em 1996 lançaram O Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano, livro de muito melhor qualidade do que o punhado de artigos de jornais reunidos em livro n`O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota.

Segundo esses autores a marca da idiotice latino-americana é uma leitura restrita apenas à esquerda. Não existe a confrontação de ideias, esse tipo de leitura apenas serve para alimentar aquilo em que o idiota acredita. O idiota latino-americano “não lê da esquerda para a direita” — escarnecem os autores —, “como os ocidentais, nem da direita para esquerda, como os orientais. Dá um jeito para ler da esquerda para a esquerda. Pratica a endogamia e o incesto ideológico”.

A idiotice latino-americana, para estes autores, portanto, é de esquerda. Mas, o olavismo-bolsonarismo está aí para nos provar que a idiotice também pode ser de direita. Os olavistas aos invés de praticarem a cura da idiotice latino-americana de esquerda a reproduzem com sinal trocado na direita. 

O filósofo espanhol José Ortega y Gasset, por sinal, diz que a esquerda e a direita causam paralisia intelectual: "Ser da esquerda é, como ser da direita, uma das infinitas maneiras que o homem pode escolher para ser um imbecil: ambas, com efeito, são formas da hemiplegia moral".

O idiota olavista de Direita vê conspiração em tudo, ele luta contra um mega complô planetário liderado por marxistas infiltrados em toda a imprensa e em todas as instituições. Ele também não lê livro que for barrado pelo índex.

Três ministros do Governo Bolsonaro, do chamado "núcleo ideológico", comprovam que a idiotice é comum aos dois lados do espectro político: Damares Alves, Abraham Weintraub e Ernesto Araújo.  

Damares é a idiotinha mais rudimentar, ela não entende lá de muitas teorias. Ela não sabe falar com profundidade sobre nenhum tema. A idiotice de Damares vem da burrice e não da ilusão de conhecimento, ela acha que a teoria da evolução deve ser banida das escolas e que na Holanda se recomenda masturbar crianças a partir de 7 meses de idade. É a parte ridícula do bolsonarismo. Igual a uma mulher que viu a bandeira do Japão do lado da nossa e traduziu como início da mudança de cor do pendão da pátria.

Weintraub é o idiota prepotente. Metido a sabichão e todo debochado. É o idiota que se sente insubstituível. Um incomparável e capaz de fazer ironias com relação a tudo. Afinal é ele o ser mais iluminado que a noite do mundo esquerdizado jamais vira.

Ernesto Araújo é o cavaleiro contra os globalistas. O templário a serviço da causa da desesquerdização das relações diplomáticas. Toda a Europa é território contaminado, somente resta os EUA trumpista.  Ernesto é tão comprometido com sua causa que perdeu a capacidade de falar, ele não conversa, bodeja. E nem importa o tanto de soja que o Brasil exporte para a China.  O olavismo despreza as origens lusas em detrimento de tradições americanas. 

A diplomacia bolsonarista é escora do trumpismo, é uma causa ideológica e não comercial. Só por isso já é idiota. Os EUA jamais farão comércio por razões ideológicas, quem for idiota que acredite nisso. Enquanto os ministros olavistas provocam a china comunista os EUA abocanham nosso comércio de grãos com o país asiático. Bestas eles não são...

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