Uma das "brigas" mais divertidas da história do pensamento humano foi a havida entre Rousseau e Voltaire; Rousseau era um idealista e sonhador, Voltaire um incomparável irônico e gozador. Quando Rousseau chocou a sociedade europeia de sua época ao no seu Discurso Sobre A Origem E Os Fundamentos Da Desigualdade Entre Os Homens dizer que "o homem que pensa é um ser depravado", Voltaire logo retrucou dizendo que aquilo era uma tentativa de nos fazer voltar a andar de quatro patas.
Há "coisas" da evolução que não podem ser perdidas, tais como aquelas que apreciadores da natureza levam quando vão fazer uma excursão numa mata. Os governos, da mesma forma que os homens, também passaram por um processo evolutivo. Os gregos chamavam a sua vizinhança de bárbaros, dentre outros motivos, por causa de terem aqueles governos inferiores aos seus. Os gregos criaram a forma mais civilizada de governo da humanidade: a democracia.
Na América Latina sempre houve um choque entre as perspectivas de imitação e a difícil realidade implacável. Nunca deixou de estar presente o direito romano e instituições da modernidade europeia, por outro lado, nunca faltaram os caudilhos, gorilões fardados dando as cartas nos governos. O megalomaníaco Solano López destruiu o Paraguai, o gigante auto-falante Fidel Castro tornou Cuba numa ilha-prisão, Chavez destruiu a Venezuela, o Brasil teve de aturar mais de 20 anos de governo de quartel, etc, etc...
Justamente no Brasil a Suprema Corte de justiça, o STF, uma instituição civilizada, tem agora de definir o papel das Forças Armadas na República, devia ser óbvia tal coisa, forças armadas servem para? Imagina. Tanto tempo sem guerrear as forças armadas do Brasil ou fazem estradas ou tomam o governo.
Por falar em civilidade eu descobri que a família Bolsonaro é um elo perdido, ou um desvio, na evolução da humanidade. Os bolsonaros não são homos sapiens sapiens, eles são uma variante retardatária que ora almejam fazer a evolução civilizatória da sociedade brasileira regredir para antes da Carta Magna de João sem Terra de 1215, trata-se dos orangutangus milicianus.
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