Reportagem do jornal O Globo desta segunda (6) aponta que um militar da reserva custou ao governo federal, em 2019, cerca de 17 vezes mais do que um trabalhador da iniciativa privada aposentado pelo INSS. O dado foi divulgado pelo Tesouro Nacional.
Já um servidor servidor civil aposentado custa 10 vezes mais do que um beneficiário do INSS.
Em 2018, o déficit por cada militar na reserva ficou em R$ 121,2 mil. No caso do regime dos servidores, R$ 71,6 mil. Já o déficit por pessoa aposentada pelo INSS foi de R$ 6,9 mil naquele ano.
Em 2019, chamado “rombo” do Regime Geral da Previdência Social atingiu R$ 213,3 bilhões. O dos servidores civis, R$ 53,1 bilhões; e dos militares, R$ 47 bilhões.
Em relação aos servidores civis, o déficit por beneficiário cresceu de R$ 27,6 mil ao ano em 2010 para R$ 71,6 mil ao ano em 2019.
No caso dos militares, o déficit saiu de R$ 81,6 mil, ao ano, desde 2010, para R$ 121,2 mil, ao ano, em 2019.
No regime geral do INSS, entre 2010 e 2019, o déficit previdenciário passou de R$ 42,4 bilhões para R$ 213,3 bilhões (um crescimento nominal de 402,9%).
Segundo o governo Bolsonaro, a reforma da Previdência, aprovada no ano passado, fez o chamado “passivo atuarial (valor necessário para pagar todos os benefícios)” para 2060 ser de 7,65% do PIB. Antes da reforma, a estimativa era de 11,64%.
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