O Sistema Especialista Multicamadas para Triagem Classificatória e Alocação Inteligente (SEMcTrA), projeto em desenvolvimento pelas Universidades Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
O Brasil está desenvolvendo um sistema que vai poder selecionar e direcionar recursos de forma remota e inteligente para ampliar o controle sobre os investimentos de combate à Covid-19. É o Sistema Especialista Multicamadas para Triagem Classificatória e Alocação Inteligente (SEMcTrA), um projeto em desenvolvimento pelas Universidades Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Além de estratégias para a coleta de informações e a formação de uma base de dados para consulta de armazenamento de resultados, o SEMcTrA propõe desenvolver um módulo para telessaúde, permitindo a comunicação remota, organização de tomadas de decisão e, ainda, apoio à alocação de recursos para controle da Covid-19 no sistema público de saúde.
Isso significa fazer uma triagem, em diferentes níveis, para ajudar pacientes, profissionais de saúde e gestores públicos no tratamento da doença, inclusive auxiliando na troca de informações entre unidades de saúde, municípios e estados em relação ao insumos e recursos disponíveis, facilitando a interlocução e gerenciamento desses recursos.
É isso o que explica o coordenador do projeto SEMcTrA, Leiva Casemiro Oliveira, professor do Departamento de Computação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). “Vendo essa evolução de uma forma preventiva, é possível conseguir se programar melhor e auxiliar toda a cadeia interna da unidade da qual o SEMcTrA está operando para se mobilizar de forma mais coordenada e, assim, conseguir alocar pessoal, alocar insumos de um jeito que seja menos oneroso e atender a população da melhor forma possível”, destacou.
O professor Leiva acredita que as ações desenvolvidas no projeto podem colaborar, no futuro, para controlar situações similares e de grande repercussão na região nordeste, como dengue, Zika, chikungunya e síndrome de Guillain-Barré. De acordo com ele, “o sucesso desse estudo pode trazer ao Brasil uma estrutura estratégica para o uso do telessaúde e teleducação no combate a pandemias e endemias”, finalizou.
A proposta foi aprovada pelo Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que está voltado a atender especificamente projetos com foco ao combate da Covid-19, oferecendo apoio e investimento para o desenvolvimento de conhecimento científico e tecnológico a partir das pesquisas aprovadas.
De acordo com o presidente da CAPES, Benedito Aguiar, a inovação vai ocorrer por consequência da apropriação do conhecimento científico gerado, que poderá produzir novos processos e produtos aplicáveis diretamente ao desafio de combate e prevenção à Covid-19, em muitas áreas correlatas.
Isso significa que podem haver impactos significativos, em termos de inovação, tanto nas áreas Médica e Tecnológica quanto nas Ciências Sociais. “Com este investimento, a CAPES incentiva pesquisas inovadoras na prevenção, diagnóstico e tratamento da Covid-19 e prepara o Brasil com conhecimento científico e tecnológico para o enfrentamento de outras doenças infecciosas, endemias e epidemias em geral”, afirmou Benedito.
O Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ofereceu 2.600 bolsas de estudo, de forma emergencial com investimento de mais de R$40 milhões de reais.
Fonte: Brasil 61
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