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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

UM PROJETO DE RESGATE DO CULTIVO DO ALGODÃO PARA O SERIDÓ DO RN

 

LUIZ RODRIGUES JUNIOR

 

Eu vivenciei o final do ciclo tradicional do algodão no Seridó, havia ali um êxodo massivo para a cidade, os campos de cultivo reduziam-se a pequenas plantações de milho e feijão para autoconsumo e com simbolismo cultural. Registre-se que no auge do produção algodoeira as melhores terras os agricultores destinavam à plantação de milho e feijão, isto por que o algodão é tão favorável ao clima do semiárido nordestino que ele não necessita dos melhores terrenos para produzir.

Deixava naquele período pós-década de 1980 o Seridó de ser a região dinâmica economicamente do Rio Grande do Norte para ser uma área em decadência, como, para efeitos de exemplificação, a cidade industrial de Detroit nos EUA ou o chamado cinturão da ferrugem, região altamente industrializada que passa por um processo de declínio.

Terminada a produção de algodão, os habitantes do município de Caicó que não migraram para as cidades se dedicaram à queima da árvore nativa jurema preta para a produção de carvão vegetal, atividade de alta degradação ambiental e baixíssimo valor agregado.

No mesmo período, registre-se, houve melhoria na condição de consumo das famílias em razão da previdência social rural a princípio e, posteriormente, os programas de transferência de renda do Governo Federal. Isso em razão de mesmo na época da grande produção de algodão haver um desequilíbrio intenso de renda pelo fato de a região não ser moderno como ocorre no atual momento. Isso implicava que a renda da venda do algodão bruto pelos agricultores gerava uma renda momentânea sob o risco de em uma estiagem severa não haver produção. Não havia seguro-safra ou qualquer outro tipo de renda mínima, financiamentos, culturas alternativas, etc.

Portanto, no atual momento, o algodão terá uma presença muito mais satisfatória para a região, podendo ser adotado o cultivo orgânico, como está ser feito na Paraíba, pelos pequenos agricultores familiares e, também, uma produção extensiva e mecanizada por grandes produtores.

Isto implicaria no surgimento de uma indústria têxtil em Caicó, fazendo com quê surja uma integração dinâmica entre o campo e a cidade, ocorrendo, dessa maneira, um incremento substancial no nível de empregabilidade, que é um dos maiores dramas da cidade  “polo” do Seridó, que apesar do título não possui mais qualquer possibilidade de liderança econômica. Uma das marcas do desemprego na cidade é a presença massiva de pessoas jovens atuando como Mototaxistas.

Daí a necessidade de o poder público fazer tudo possível para usar meios modernos de resgate do algodão na nossa região, impõe-se como mandamento: a única possibilidade de termos um campo capaz de gerar renda para pequenos agricultores é produzir com a cotonicultura.

Precisamos da atuação do poder público gerindo o plano Algodão de Volta ao Seridó para que se cumpra duas premissas de desenvolvimento: garantir a compra, reorganizando um mercado que fora dizimado e, prestar assistência técnica, realizando cursos e fazendo o controle agronômico junto aos agricultores. Para isso o plano precisa ser muito bem organizado para que os agricultores não sejam deixados à míngua como foram na crise do bicudo.

É preciso garantir a compra articulando junto a grandes empresas, a princípio, para a venda da pluma, em estado bruto e em sequência, dar condições de surgimento de uma indústria local de processamento e manufatura do produto.

Esse método está funcionando no Ceará, o estado dobrou de um ano para outro (2019-20) a área cultivada, atingindo cerca de 2 mil hectares.


A produção de algodão colorido é ideal para pequenos agricultores familiares do Seridó, basta somente que o poder público agencie a venda para não haver encalhe de produção, distribua a semente, juntamente com o governo do estado e entidades como Emater e Emparn, devido ao bom preço do produto e sua possibilidade de produzir o jeans ecológico, sem necessidade de tingimento economizando o uso de água na produção.


                 No que tange ao algodão branco, desenvolveu a Embrapa um semente transgênica denominada BRS 433FL B2RF, sendo esta utilizada no processo de resgate da cotonicultura no Ceará. Altamente indicada para o clima semiárido e possuindo elevado potencial produtivo.

Figura 1 -BRS 433FL B2RF
 

Com relação ao algodão colorido a Embrapa também desenvolveu uma cultivar transgênica de grande resistência contra pragas, trata-se da BRS Safira. Indicada também para o clima semiárido, de boa produtividade e, como dito acima, ecologicamente correta, por dispensar o tingimento na produção de tecido.

 Figura 2 - BRS Safira


                                                              


Um comentário:

  1. Este é um testemunho que direi a todos para ouvir. estou casada há 4 anos e no quinto ano do meu casamento, outra mulher teve um feitiço para tirar meu amante de mim e meu marido me deixou e os filhos e sofremos por 2 anos até que eu quis dizer um posto onde este Dr.Wealthy ajudou alguém e eu decidi dar a ele uma chance para me ajudar a trazer meu amor Marido para casa e acredite em mim, eu acabei de enviar minha foto para ele e a do meu marido e depois de 48 horas como ele me disse, eu vi um carro entrou na casa e eis que era meu marido e ele veio até mim e as crianças e é por isso que estou feliz em fazer com que todos vocês em questões semelhantes se encontrem com este homem e tenham seu amante de volta a vocês email: wealthylovespell@gmail.com ou você também pode contatá-lo ou whatsapp nele neste +2348105150446 ..... muito obrigado Dr.Wealthy. ...

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