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domingo, 17 de janeiro de 2021

Da Revolta da vacina à briga pelos votos da vacina


O presidente Jair Bolsonaro fez de tudo para desacreditar a vacina Coronavac da farmacêutica chinesa Sinovac desenvolvida no Brasil pelo Instituto Butantan e a vacina que o próprio Governo Federal realizou um acordo para sua produção da Fiocruz, a vacina AstraZeneca-Oxford. Antes mesmo da pandemia dentro das hostes bolsonaristas estavam abrigados os negacionistas de vacinas com suas fábricas de fakenews.


Em decorrência disso passou-se a fazer menções no Brasil à Revolta da Vacina, evento ocorrido no Rio de Janeiro em 1904, quando o governo de então, tendo à frente da campanha o sanitarista Oswaldo Cruz instituiu a obrigatoriedade da vacinação. Recentemente, o STF decidiu que o Estado não pode forçar pessoas a se vacinar mas pode impor sanções administrativas. Falava-se, portanto, em uma segunda versão da Revolta da Vacina.


Agora, no entanto, o Governo do Presidente Bolsonaro passou a disputar com o Governador de São Paulo, João Dória para ver quem vacina primeiro. Virou uma briga por votos. Dória anunciou ainda em dezembro de 2020 que a vacinação começaria em 25 de janeiro, Bolsonaro para não ficar atrás passou a correr atrás de uma vacina indiana e anunciou, através do Ministério da Saúde, o início para 20 de janeiro, só que a índia não pôde enviar as doses em tempo, então o Governo requisitou todas as doses da vacina Coronavac junto ao Butantan.


E o Dória, como excelente marqueteiro que é, conseguiu vencer a disputa. Logo após a aprovação para uso emergencial das duas vacinas feito hoje pela Anvisa, realizou um evento onde os primeiros brasileiros receberam a vacina.


O Ministro Eduardo Pazuello, o ilustre General da ilogística, fez um depoimento irritado com o ato de Dória, dizendo que se o Governo Federal tivesse intenções de marketing e não de salvar vidas, vejam só, teria feito o mesmo. A pergunta é, será que teria seringas?


Pobre Brasil. Cheio de políticos oportunistas, com um louco na presidência e com um General incompetente à frente do Ministério da Saúde num dos momentos mais importantes do órgão. 



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