Evento abordou as principais propostas em pauta no Congresso Nacional e que afetam o futuro do País
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) promoveu, nesta terça-feira (2), o Seminário RedIndústria. O evento anula – cuja primeira edição ocorreu em 1996 – discutiu a Agenda Legislativa da Indústria para 2021, um documento que aborda as principais propostas em pauta no Congresso Nacional e que são cruciais para o desenvolvimento do setor e do País.
Além de marcar a posição da indústria, o objetivo do debate é contribuir para a formulação de proposições que melhorem o ambiente de negócios, atraiam investimentos e deem maior competitividade às empresas brasileiras. Um dos participantes do seminário, Armando Monteiro Neto, conselheiro emérito da CNI e ex-senador, destacou a importância do evento para a manutenção do diálogo com o Congresso Nacional e avanço das pautas-chaves para o Brasil.
“A Agenda Legislativa, ainda que corresponda a uma seleção de temas e proposições que são indicados pela indústria, não é uma agenda particularista ou corporativa. Ela é uma dimensão irrecusável da própria agenda do País. A agenda do País não prescinde da contribuição e da visão do setor empresarial, especialmente da indústria brasileira”, apontou.
O seminário também contou com a participação de parlamentares, que mandaram seus depoimentos e traçaram expectativas para o ano de 2021. “A CNI e esse seminário RedIndústria tem todo o objetivo de fazer com que a gente consiga avançar nessas pautas e, assim, fazer com que o Brasil seja um País admirado”, afirmou o deputado federal Alexis Fonteyne (Novo/SP).
Principais propostas
Reforma Administrativa
Participantes e parlamentares também conversaram bastante sobre a reforma tributária, que afeta o funcionalismo público. Em setembro de 2020, o governo federal enviou ao Congresso Nacional uma proposta de emenda à Constituição para alterar as regras para os futuros servidores.
Entre as mudanças, o Executivo propõe o fim de benefícios, como a aposentadoria compulsória com salário integral como modalidade de punição; a progressão de carreira apenas por tempo de serviço; e férias superiores a 30 dias, por exemplo. O texto também restringe a estabilidade para algumas carreiras. O senador Antonio Anastasia (PSD/MG) afirmou que a reforma é fundamental para o futuro do País e classificou 2021 como “o ano da reforma administrativa”.
“Nós sabemos como o Brasil precisa desembaraçar o funcionamento da nossa burocracia, que é lenta, pesada, onerosa e que inibe os investimentos. Os empresários sofrem muito com os entraves da nossa administração pública. Já passou muito do tempo de sermos corajosos e ousados e realizarmos uma profunda reforma administrativa do estado brasileiro”, avaliou.
Armando Monteiro Neto afirmou que as duas reformas (tributária e administrativa) devem andar juntas e destacou porque a última é necessária. “O Brasil precisa construir as bases de um estado mais eficiente e que possa oferecer melhores serviços ao conjunto da população. É importante que não se demonize a função pública, mas valorizá-la.”
Pautas complementares
Esforço conjunto
A Agenda foi construída após debate que envolveu as 27 federações estaduais da indústria e mais de 60 associações setoriais. Ao todo, o documento contou com a colaboração de mais de 100 atores, interessados em apresentar aos parlamentares e à sociedade as prioridades do setor produtivo nacional.



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