O Brasil fabricou 1,14 milhões de veículos no primeiro semestre do ano, 57,5% a mais face ao mesmo período de 2020, quando foram produzidas 729,3 mil unidades no país, anunciou hoje a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A produção brasileira de veículos em junho foi de 166.947 unidades, uma queda de 13,4% face ao mês de maio (192,8 mil unidades) e menor nível em 12 meses, destacou também a associação que representa os principais fabricantes de veículos do país.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, admitiu em conferência de imprensa que o Brasil poderia ter aumentado ainda mais a produção de veículos até junho e recuperado parte do que foi perdido na pandemia, mas que os fabricantes estão a impor restrições por falta de semicondutores, que são usados em todos os componentes eletrônicos dos veículos.
Moraes explicou que as fábricas em todo o mundo começaram a recuperar-se no final de 2020, mas não conseguiram aumentar a sua produção devido à redução da oferta de semicondutores, que durante a pandemia foram procurados por outros setores, principalmente eletrodomésticos e equipamentos de telecomunicações.
O presidente da Anfavea acrescentou que a previsão é de que o problema permaneça até meados do próximo ano, obrigando a associação patronal a rever as suas projeções de produção para 2021.
O fabrico de veículos no Brasil caiu de 2,95 milhões de unidades em 2019 para 2,01 milhões em 2020 devido à pandemia e a Anfavea estima que, com a recuperação esperada para este ano, a produção aumentaria 25%, para 2,52 milhões em 2021.
A nova projeção é que essa produção cresça apenas 22% neste ano, para 2,46 milhões de veículos.
Moraes citou um estudo da consultora norte-americana BCG, segundo o qual, por falta de semicondutores, o mundo deixará de produzir entre 5 e 7 milhões de veículos este ano.
Segundo a Anfavea, devido à redução da oferta, as vendas de veículos no Brasil no primeiro semestre foram de 1,07 milhões de unidades, com aumento de 32,8% face ao mesmo período de 2020 (808.800), quando a procura caiu devido à pandemia, mas com uma redução de 17,9% face aos primeiros seis meses de 2019.
Em relação às exportações, o Brasil vendeu 200,1 mil veículos ao exterior no primeiro semestre do ano, um aumento de 67,5% face ao mesmo período do ano passado (119,5 mil).
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