por Aurelio Jiménes - El Blog Salmón
No sistema econômico vigente, a empresa é, junto com os consumidores e o Estado, um dos três agentes da atividade econômica. A empresa, como motor fundamental da economia, desempenhou diversos papéis ao longo da história.
Embora seja agora que a empresa adquire o seu significado mais completo, a verdade é que esta figura do negócio existe há muito tempo. A seguir veremos sua evolução histórica, correspondendo aos sistemas econômicos vigentes em todos os tempos.
Mercantilismo
Os séculos XVII e XVIII serão lembrados como aqueles em que se instalou o capitalismo mercantil, que tinha como principal razão de ser o comércio como atividade econômica básica. Foi neste contexto que surgiu a empresa comercial, que era uma unidade organizada e essencialmente vocacionada para o desenvolvimento do comércio internacional.
Além disso, foi nesta altura que se desenvolveu fortemente a atividade bancária, que assentou a sua principal atividade no financiamento das campanhas de guerra dos poderes da época. As Companhias das Índias são as primeiras empresas comerciais conhecidas. Seu objetivo não era outro senão o comércio com territórios muito distantes da Europa, que estavam abrindo suas portas para o mundo comercial pela primeira vez.
Capitalismo industrial
No século 19, os sistemas econômicos foram arrastados pelos efeitos da Revolução Industrial ocorrida no século anterior. Isso promoveu um tipo de atividade econômica não tão simples quanto a anterior, mas muito mais complexa. Nesse contexto, nasceram as chamadas empresas industriais, que, como o próprio nome indica, se dedicavam basicamente à atividade transformadora, de modo que a maioria das empresas da época eram fábricas, cuja razão básica de ser era se comportar como unidades econômicas de produção.
As fábricas supunham uma transformação total dos processos produtivos da época. O trabalho se tornou mais mecânico do que manual e isso trouxe a necessidade de cada vez mais trabalhadores nas empresas. As pequenas oficinas de artesãos foram desaparecendo gradativamente e sua atividade passou para as próprias fábricas. O crescimento econômico das empresas nesta época se acelerou e surgiram as primeiras grandes empresas, assim como mercados monopolistas e oligopolísticos nos quais uma ou poucas empresas compartilhavam sua participação total.
Capitalismo financeiro
A partir do início do século XX, a produção deixou de ser a única preocupação das sociedades. O crescimento das empresas tinha sido tal que, pela primeira vez na história, se refletiu a necessidade de diferenciar entre a figura do empresário e a figura do dono do capital.
Neste contexto, a empresa deixa de ser exclusivamente uma unidade de produção para se tornar uma unidade financeira e de decisão. O capital financeiro surge da necessidade de encontrar novas fontes de financiamento, uma vez que as empresas necessitavam de um maior volume de capital para incorporar as inovações tecnológicas e atingir a concentração de mercado nas mãos de grandes cartéis, trustes e holdings corporativas.
As necessidades de capital trouxeram consigo o desenvolvimento do crédito bancário. Além disso, para conseguir o grande capital de que as empresas precisavam para se viabilizar, as pessoas foram agrupadas, criando-se assim as Sociedades Anônimas, cujo capital se dividiu em ações que foram compradas e vendidas em bolsas de valores.
A empresa hoje
Hoje, o papel das empresas tornou-se muito mais complexo devido a fenômenos como a globalização ou o avanço incessante de novas tecnologias da informação e do conhecimento. Na empresa de hoje, e principalmente nas grandes, as figuras do empresário e do dono do capital estão claramente definidas.
A atual empresa integra um conjunto de fatores de produção (recursos naturais, pessoas e capital), que devem ser organizados pelo empregador e orientados para a obtenção de objetivos de negócio, como garantir o lucro, mas sem esquecer a sua responsabilidade social com o meio ambiente que o rodeia ela e condiciona sua atividade.
A empresa não é, portanto, uma entidade isolada, mas insere-se num ambiente muito mais complexo, constituído por elementos inter-relacionados entre si e com a própria empresa, sobre os quais tem pouca ou nenhuma influência, mas que condicionam a sua atividade. Referimo-nos a fatores demográficos, tecnológicos, jurídicos, concorrentes, intermediários ou entidades financeiras, para citar alguns exemplos.
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