Quem vive em cidades pequenas sabe o evento que é para a população local a chegada de franquias de grandes marcas na região. Seja um fast-food, uma loja de roupa ou uma rede de cosméticos, o frisson causado pela novidade costuma mobilizar a sociedade local, agradando a quase todos – a exceção, claro, fica por conta dos comerciantes locais, que ganham concorrentes de peso.
O que antes, porém, era um acontecimento excepcional para os habitantes de municípios do interior do país tem se tornado episódios cada vez mais corriqueiros: de acordo com os dados demográficos mais recentes da ABF (Associação Brasileira de Franchising), 48,2% das franquias que atuavam no Brasil àquela época se situavam em cidades com menos de 500 mil habitantes.
A partir de outros dados mais específicos, também fornecidos pela ABF, é possível aferir a tendência da chamada interiorização do franchising no Brasil. Uma pesquisa de 2018, por exemplo, apontou que, das 11 cidades que registraram maior crescimento no número de franquias no primeiro semestre do ano anterior, sete não eram capitais.
Em um contexto regional, abordando o estado de São Paulo, um estudo também realizado pela ABF, referente ao mesmo período, indicou que as cidades do interior foram as que registraram o maior avanço do franchising, tanto em relação ao número de unidades quanto em relação às novas redes.
Em variação de operações, o ranking teve como líderes as cidades de Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Jundiaí e Piracicaba Já em relação à variação de marcas, Taubaté e São José do Rio Preto foram os destaques.
Dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) também indicam grande potencialidade para o investimento no franchising no interior do Brasil, visto consumo fora das capitais e regiões metropolitanas do país soma R$ 827 bilhões ao ano – equivalente a 38% do total do consumo do país.
Além disso, potenciais suportes para este avanço, os shopping centers, também têm se expandido para além dos grandes centros urbanos: segundo dados da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers), do total de empreendimentos inaugurados desde 2019, 63% estão localizados fora das regiões metropolitanas do país.
Novas possibilidades de negócio no interior do país
Para André Tozi, CEO da Sorrix, rede de franquias da área de serviços odontológicos, cidades do interior, com baixos índices populacionais, têm se mostrado atrativas para o franchising pelo fato de poder haver uma maior proximidade junto ao público-alvo destas empresas. Além disso, de acordo com o executivo, os custos mais baixos na implementação do negócio e a menor concorrência são fatores que atraem o modelo de franquias.
“Aluguéis mais baixos em bons pontos comerciais e o fator ‘novidade’ causado pela chegada de uma nova marca, loja ou prestadora de serviços na cidade também são fatores estimulantes para o avanço do franchising em cidades de pequeno porte”, prossegue Tozi.
O profissional pontua, ainda, que, mesmo cidades com população bem reduzida, de cerca de 30 mil habitantes, podem ser atrativas para o tipo de negócio caso haja no entorno dela outras cidades que também possam trazer clientes.
Com a projeção de que o ano de 2021 se encerre com alta no faturamento de 8%, crescimento de 4% no número de redes, avanço de 5% em unidades e uma geração de empregos da ordem de 5%, segundo a ABF, o setor de franchising tende a seguir forte no interior do país.
“As cidades pequenas precisam de serviços que atuem diretamente com sua realidade socioeconômica”, afirma o profissional da área de odontologia, pontuando que o formato de franquias permite que pequenos empreendedores no próprio negócio “com mais segurança e, principalmente, com boas ferramentas de gestão”.
Para saber mais, basta acessar: www.sorrix.com.br/
Website: http://www.sorrix.com.br/
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