O País precisa de políticas sociais integradas que possam atender a população mais fragilizada que, sem renda ou com a diminuição dela, luta para pagar moradia e alimentação
Por Cinderela Caldeira - Jornal da USP
Os números da fome no Brasil são alarmantes e apontam para a necessidade urgente de políticas sociais integradas. Nesse contexto, crescem os contingentes de pessoas que sofrem insegurança alimentar grave e moram em situações precárias. É o que mostra a pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional Rede Penssan.
Os dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia, realizado em dezembro de 2020, em 2.180 domicílios de áreas urbanas de cinco regiões do País, mostram que cerca de 117 milhões de brasileiros não têm acesso a alimentos, o que é classificado como insegurança alimentar moderada ou grave. Desse total, 20,5% não contavam com alimentos em quantidade suficiente e 9% estavam passando fome, insegurança alimentar grave.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizada em 2004, 2009 e 2013, consta do inquérito, e os dados coletados indicavam uma redução da insegurança alimentar em todo o País, nesse período. Hoje, com a deterioração da situação, é possível afirmar que a fome retornou aos patamares de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário