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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

2022 e a eleição dos presidenciáveis: Qual o papel do indivíduo em ano político e qual comportamento deve ser evidenciado?

Sandra Maria de Medeiros, professora de direito do UDF, explica as polarizações existentes em ano de eleição, e indica leituras a serem feitas para um debate saudável a respeito da temática



Distrito Federal, 16 de fevereiro de 2022 – Entre os temas que dividem opiniões e reflete em inúmeros debates estão as eleições, e neste ano, com a eleição prevista para outubro já começam as especulações e informações a respeito dos candidatos, propostas e em quem votar, assim como as polarizações.

De acordo com a professora de Direito do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Sandra Maria de Medeiros, a polarização que estamos vivendo atualmente destoa do pluralismo político, e na medida que temos um grupo totalmente contra o governo atual e outro totalmente a favor, nos leva a discussões extremas. “Ou seja, a polarização surge quando o centro desaparece. São posições sectárias que consiste no petismo e antipetismo. Trata-se nesse momento de dois grupos que se fecham nas suas convicções políticas e resistem ao diálogo”, enfatiza.

A docente aponta ainda que as consequências desse extremismo nas convicções políticas são danosas ao funcionamento da democracia e fica demonstrado em algumas situações, como:

  1. Impasses no Congresso Nacional e por consequência um governo paralisado que não consegue aprovar reformas e leis;
  2. Quebra da confiança nas instituições democráticas;
  3. Falta de civilidade e urbanidade;
  4. Dificuldade de elaborar e implementar políticas públicas desvinculadas de representação política;
  5. Desrespeito aos grupos minoritários que tem seus direitos negados com frequência e por vezes, são alvo de perseguições políticas.

Polarização x Democracia

Sandra explica que a democracia é o oposto da polarização, pois neste há uma exigência de respeito a regras comuns, impõe-se o reconhecimento da legitimidade de adversários, e tem o exercício do diálogo e da tolerância.

“Já quando se tem uma sociedade polarizada, não há o fomento do diálogo, e os adversários políticos são vistos como inimigos. Além disso, quem surge para propor uma reflexão no sentido de que ambos lados têm suas virtudes e erros, não encontra espaço. E o excesso de polarização afeta também a busca por soluções para problemas da sociedade. Um debate polarizado impede as análises profundas e cheias de nuances que questões complexas, como as do mundo em que vivemos, exigem”, explica.

A docente ressalta a importância de compreender o conceito de democracia a fim de evitar polarizações nestes momentos de debates eleitorais. “É preciso saber que a democracia sugere um espaço em que comporta discussão de ideias que podem, inclusive serem opostas. Aliás, ideias diferentes são essenciais para o debate democrático. Quem convencer melhor consegue acessar o poder sem o uso da força ou da violência. O objetivo de uma sociedade democrática é justamente abrir espaço para a exposição do debate e se escolher a proposta que melhor atenda aos interesses da maioria. A democracia exige respeito a regras comuns que são estabelecidas e se reconhece a legitimidade de adversários que devem ser vistos como competidores legítimos numa disputa igualitária. A polarização surge quando as regras são violadas e o diferente é visto como inimigo”, comenta.

A professora aponta ainda que é possível manter diálogos e debates saudáveis em ano eleitoral e diante de posições opostas, desde que os princípios orientadores do debate sejam a tolerância e o diálogo.

Veja 5 livros indicados pela docente de Direito para entender melhor sobre política e debater de forma saudável.

  1. Amanhã vai ser maior: o que aconteceu com o Brasil e possíveis rotas de fuga para a crise atual. Autora: Rosana Pinheiro Machado;
  2. Como conversar com um fascista: reflexões obre o cotidiano autoritário Brasileiro. Autora: Márcia Tiburi;
  3. Como derrotar o turbo tecnomacho nazifascismo: ou seja, lá o nome que se queira dar ao mal que devemos superar. Autora: Márcia Tiburi
  4. O Brasil e seu duplo. Autor: Luiz Eduardo Soares;
  5. Ideias para adiar o fim do mundo. Autor: Ailton Krenak;
  6. Engenheiros do caos: como as fake News, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influencias eleições. Autor: Giuliano da Empoli.

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Sobre o UDF - Criado em 1967, o Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) é a primeira instituição particular de ensino superior da capital do Brasil. Instituição tradicional no ensino de Direito, o UDF conta também com cursos respeitados na área de negócios, da saúde e de tecnologia, além de oferecer cursos de pós-graduação lato e stricto sensu, e programas de extensão voltados à comunidade externa. Pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, como Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca - Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal - UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Centro Universitário Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS), Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP) e Universidade Positivo (Curitiba e Londrina /PR), além de colégios de educação básica e ensino técnico. Visite: www.udf.edu.br 


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