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quarta-feira, 23 de março de 2022

PMEs crescem 8,9% em fevereiro puxadas pelas atividades de Infraestrutura e Serviços

 


  • Juros em níveis mais elevados e inflação pressionada começam a afetar algumas atividades, mas, no geral, as PMEs sustentam trajetória de recuperação no início de 2022 
  • Dentre os setores monitorados, Infraestrutura e Serviços tiveram melhor desempenho, com +17,7% e +12,6% ante fev/21, respectivamente 
  • Mesmo com adiamento dos desfiles de Carnaval, aumento da confiança da população brasileira no maior controle da pandemia no país viabilizou retomada das viagens domésticas nesta época do ano no feriado 
  • Manutenção do crescimento da atividade econômica das PMEs brasileiras no decorrer de 2022 é altamente dependente do maior controle inflacionário, do fim do ciclo de subida de juros no país e da reação do mercado de trabalho 
  • Potenciais efeitos do conflito entre Rússia e Ucrânia na inflação global podem trazer impactos relevantes para a economia brasileira – especialmente com o aumento de custos de fertilizantes e combustíveis

São Paulo, março de 2022 – Em fevereiro de 2022, o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) indica que a média da movimentação financeira real das pequenas e médias empresas brasileiras apresentou crescimento de 8,9% YoY (ano a ano, tradução livre para Year-over-Year) em relação ao resultado de fevereiro de 2021. Na comparação direta com janeiro de 2022, o índice mostra uma queda de 1,2%, confirmando a tendência de desaceleração sazonal da atividade econômica doméstica no primeiro bimestre de cada ano.

O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, com base no monitoramento de mais de 87 mil PMEs de 622 atividades econômicas que compõem cinco grandes setores: Agropecuário, Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

  
Figura 1: IODE-PMEs
(Número índice – base: média 2019=100)

Fonte: IODE-PMEs (Omie)


Segundo as aberturas setoriais do IODE-PMEs, o crescimento do índice em fevereiro frente ao mesmo período do ano anterior foi puxado pelo avanço da movimentação financeira real nos setores de Infraestrutura (+17,7% ante fev/21), Serviços (+12,6%), Comércio (+11,7%) e Indústria (+9,6%). Assim como ocorreu em janeiro, a única exceção no período foi o segmento Agropecuário, que seguiu com movimentação financeira abaixo dos níveis de 2021 no último mês (-8,1%).

A comparação dos indicadores em termos anuais permite verificar que as PMEs brasileiras estão operando, na maioria dos setores, com nível de movimentação financeira real acima do verificado no ano anterior – em que a atividade econômica brasileira ainda seguia bastante fragilizada devido à configuração da segunda onda da covid-19 no país. Ao ampliar a análise do período atual contra o observado antes da pandemia, fica evidente que as PMEs brasileiras seguem operando com um nível médio de movimentação financeira real também mais elevado. Nesse sentido, comparando o resultado do IODE-PMEs de fevereiro de 2022 com o mesmo período de 2019, o índice mostra uma expansão de 2,4%.

Dentre os setores, o segmento que destoa nessa comparação é a Indústria, que opera, atualmente, com nível de movimentação financeira real abaixo do verificado no decorrer de 2019. O setor vem sofrendo, sobretudo, na atividade da ‘Indústria de transformação’ desde o ano anterior, com o forte aumento de custos e dificuldade de abastecimento de insumos básicos. Neste ano, além da manutenção deste quadro, a indústria brasileira vem lidando com a continuidade da inflação pressionada e os efeitos da subida dos juros no país – responsáveis por encarecer a tomada de crédito, o que prejudica a evolução do consumo e dos investimentos.


 
Figura 2: IODE-PMES – setor industrial
(Número índice – base: média 2019=100)

Fonte: IODE-PMEs (Omie)


Com isso, algumas atividades industriais já vêm demonstrando perda de fôlego nos últimos meses, tais como ‘fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos’; ‘fabricação de equipamentos de transporte’; e ‘fabricação de produtos químicos’.

Mesmo no Comércio, em que se observa ainda a manutenção de bom desempenho no agregado do setor, algumas atividades em específico já mostram arrefecimento na margem nos últimos meses, diante da manutenção de um ambiente macroeconômico desafiador para o consumo, tais como: ‘comércio varejista de livros’, ‘comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação’, ‘comércio varejista de tintas e materiais para pintura’ e ‘comércio varejista de lubrificantes’.

A manutenção do crescimento da atividade econômica das PMEs brasileiras no decorrer de 2022 é altamente dependente do maior controle inflacionário, do fim do ciclo de subida de juros no país e da reação do mercado de trabalho. Nesse sentido, os potenciais efeitos do conflito entre a Rússia e a Ucrânia na inflação global deverão ser monitorados no curto prazo, já que podem trazer impactos relevantes para a economia brasileira – especialmente com o aumento de custos de fertilizantes e combustíveis.


Carnaval beneficia a retomada de atividades de Serviços em fevereiro
O setor de Serviços manteve a tendência de recuperação em fevereiro, beneficiado pelo aumento da confiança da população brasileira no maior controle da pandemia no país. Assim, apesar da postergação dos desfiles carnavalescos em grande parte dos municípios do país, a ocorrência do feriado viabilizou a retomada das viagens domésticas nesta época do ano.

Segundo dados segmentados do IODE-PMEs, o movimento é corroborado pelo avanço recente de atividades de Serviços como: ‘Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas’, ‘Alojamento’ (que engloba o mercado hoteleiro) e ‘Alimentação’ (que engloba o mercado de restaurantes e os serviços ambulantes de alimentação). Esse grupo de atividades do setor está entre as que mais sofreram nos períodos de grande impacto da pandemia no funcionamento da economia brasileira.

De fato, os indicadores de voos domésticos da ANAC também comprovam essa tendência de recuperação do turismo e das viagens em geral no país, uma vez que, em janeiro de 2022 (último dado disponível), a demanda por voos domésticos registrou crescimento de 23% na comparação anual, atingindo a marca de 91% do observado em 2019 (antes da ocorrência da pandemia).

Sobre o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs)
ompreendendo a relevância das PMEs no desempenho econômico do nosso país, a Omie desenvolveu o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), que acompanha as atividades econômicas das pequenas e médias empresas brasileiras. A pesquisa da scale-up Omie é um tipo de apuração inédita entre as empresas do segmento, atuando como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, além de oferecer uma análise segmentada setorialmente do mercado de PMEs no Brasil. Para elaborar os índices, a Omie analisa dados agregados e anonimizados de movimentações financeiras de contas a receber de mais de 90 mil clientes, cobrindo 622 CNAEs (de 1.332 subclasses existentes) – considerando filtros de representatividade estatística. Os dados são deflacionados com base nas aberturas do IGP-M (FGV), tendo como base o índice vigente no último mês de análise, com o objetivo de expurgar o efeito meramente inflacionário na série temporal, permitindo que se observe a evolução das movimentações financeiras em termos reais.


Sobre a Omie
Fundada em 2013 por Marcelo Lombardo e Rafael Olmos, com o propósito de levar prosperidade para qualquer negócio, oferecendo um sistema de gestão inovador, completo e ilimitado. A scale-up é ancorada em três pilares: Gestão por meio do software. Educação, com a Omie Academy, braço educacional da empresa que leva capacitação profissional continuada aos empreendedores de forma gratuita. E Finanças, com acesso a serviços financeiros com conta digital nativa do sistema e cobranças via boleto e PIX, com custos bem mais baixos, além de linhas de crédito e soluções para apoio à gestão de pequenas e médias empresas, como o Itaú Meu Negócio gestão by Omie, produto em parceria com o banco Itaú e que faz a integração dos sistemas de gestão e financeiro. Além disso, sua atuação regional com a Rede de Franquias a torna a única empresa do segmento a figurar entre as 100 empresas que mais crescem no País, segundo o ranking da Deloitte, estreando no terceiro lugar.

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