A notícia que mais repercutiu nesta segunda-feira (11) foi a compra de 35 mil comprimidos de viagra pelas Forças Armadas. Anteriormente, a compra de leite condensado e de filé mignon já haviam sido destaque na imprensa e nas redes sociais. Em resposta, a Marinha e a Aeronáutica alegaram que se trata de uso para doenças cardíacas dos militares.
Durante o governo Bolsonaro, que sempre sonhou em ser um ditador sob a chancela das forças armadas, vários episódios têm jogado por terra a narrativa de forças armadas zelosas com a ética e o erário público. Tivemos o episódio do leite condensado, da picanha, agora o viagra e as bombas penianas, parecendo que as FFAA do Brasil são um centro de reabilitação erétil. Isso sem mencionar a questão das pesadas aposentadorias das filhas de militares e o fato de a reforma previdenciária ter deixado de fora a turma dos quartéis.
Como os militares da América Latina sempre se julgaram tutores de nossas nações, certamente pensam que podem desfrutar de dinheiro público ao bel prazer, dinheiro tirado de quem não tem com quê pagar um botijão de gás e o peso orçamentário que impede o crescimento econômico da nação, herança da ditadura militar: O Brasil não cresce desde 1980, corporativistas ao extremo, os militares agigantaram o Estado e endividaram um país ainda com economia muito pequena, isso depois de impedirem o debate político por quase três décadas.
Os militares mandaram ao exílio o imperador Pedro II para servir escravistas despeitados, massacraram Canudos, entregaram o poder ao Tirano positivista Getúlio Vargas, que deu peso às corporações, e tiveram um longo regime onde aniquilaram qualquer possibilidade de crescimento depois que deixaram o poder, deram azo a uma longa hegemonia esquerdista que durou até 2013.
Peçam desculpas ao Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário