Estudo Consumer Pulse, da TransUnion, destaca o comportamento das pessoas no Brasil sobre gastos e dívidas no primeiro trimestre de 2022
- 40% das pessoas brasileiras indicaram que a renda familiar diminuiu no primeiro trimestre de 2022; no entanto, muitos ainda estão otimistas com o potencial de ganhos futuros, com 71% indicando que esperam que sua renda aumente nos próximos 12 meses.
- As pessoas mais impactadas continuaram sendo as famílias de menor renda (renda mensal inferior a R$ 1.000); no qual 53% indicaram que sua renda familiar diminuiu nos primeiros três meses do ano.
- O pagamento de obrigações financeiras permanece uma preocupação para a maioria da população, com 77% das pessoas consumidoras entrevistadas expressando preocupação com sua capacidade de pagar contas e empréstimos integralmente.
- Questões como novas variantes da COVID-19, inflação e aumento das taxas de juros influenciaram o comportamento de consumidores, com 84% indicando que fizeram mudanças nos gastos devido à inflação.
- A mudança para o digital continua, com 43% das pessoas consumidoras apontando que realizaram mais da metade de suas transações online, e 40% esperam aumentar o uso do digital.
São Paulo, 20 de maio de 2022 – A TransUnion, empresa global de informações e insights, divulga os resultados do Consumer Pulse Study referentes ao primeiro trimestre de 2022. O destaque é como as finanças pessoais das pessoas entrevistadas mudaram e quais são as expectativas para o futuro. Embora a pesquisa tenha mostrado algum otimismo em relação ao futuro financeiro de consumidores, isso foi afetado pelo impacto financeiro contínuo da pandemia de COVID-19 que continua presente na população brasileira.
O Consumer Pulse Study do primeiro trimestre de 2022 foi baseado em um levantamento de 1.056 pessoas adultas brasileiras, realizado entre 14 e 22 de fevereiro de 2022.
“Muitas pessoas continuam enfrentando dificuldades financeiras devido à pandemia, e agora foram adicionadas novas preocupações, como a inflação e o aumento das taxas de juros”, diz Claudio Pasqualin, Vice-Presidente de Desenvolvimento de Negócios da TransUnion Brasil. “À medida que consumidores ajustam seus gastos, a transformação digital continua acelerada. É importante que as empresas entendam essas preocupações e adaptem seus serviços para apresentar ofertas digitais que ajudem a população a alcançar seus objetivos financeiros”, finaliza.
Percentual significativo de pessoas consumidoras vê queda em sua receita mensal; famílias de baixa renda ainda são as mais atingidas
No primeiro trimestre de 2022, 40% das pessoas consumidoras apontaram que a renda familiar diminuiu, enquanto 34% falaram que ela permaneceu a mesma e 26% citaram aumento. Os principais fatores de perda de receita foram o desemprego e a redução do salário. No entanto, houve algumas melhorias em relação ao trimestre anterior, com 24% da população dizendo que alguém em sua casa perdeu o emprego no primeiro trimestre, abaixo dos 32% dos últimos três meses de 2021, e ainda com 22% de brasileiros mencionando que alguém em sua família teve o salário reduzido, abaixo dos 29% no quarto trimestre de 2021. De forma encorajadora, 13% das pessoas entrevistadas indicaram que alguém em sua casa havia começado um novo negócio, além dos 11% que relataram um aumento salarial e 7% iniciaram um novo emprego no último mês.
Como visto em pesquisas anteriores, as famílias de menor renda (receita mensal inferior a R$ 1.000) continuaram sendo as mais impactadas, com mais da metade (53%) desse grupo indicando que a renda familiar havia diminuído no último trimestre. Isso se compara a 38% das famílias de classe média (receita mensal entre R$1.000 e R$5.000) no mesmo tópico. Enquanto 35% das famílias de renda média-alta (receita mensal entre R$5.000 e R$10.000) e 24% das pessoas de classe mais alta (acima de R$10.000) reportam a diminuição de renda familiar no mesmo período.
Embora tenha havido uma leve melhora em relação ao trimestre anterior, a preocupação com a capacidade de pagar contas e empréstimos integralmente permaneceu alta. Com 77% de todas as pessoas consumidoras expressando atenção ao tema, abaixo dos 79% no quarto trimestre de 2021. Entre a população pesquisada que indicou que sua renda havia diminuído nos últimos três meses, 90% manifestaram apreensão para a realização do pagamento e 60% esperavam não conseguir pagar, integralmente, pelo menos uma de suas obrigações financeiras atuais.
Mudanças no orçamento e preocupações em torno de fatores externos mudam os gastos de consumidores e comportamentos de crédito
Quase metade (49%) das pessoas pesquisadas esperavam reduzir suas despesas extras (como jantar fora, viagens, entretenimento, entre outros) para lidar com as mudanças orçamentárias. Além disso, 43% indicaram que diminuiriam as despesas com grandes compras, como eletrodomésticos e carros. Já 43% indicaram que gastariam menos em compras no varejo para itens como vestuário, eletrônicos e bens duráveis nos próximos três meses.
Além das mudanças no orçamento familiar, o comportamento dos gastos da população brasileira também pode ser influenciado por outros fatores. Mais de 8 em cada 10 consumidores (84%) disseram que estão fazendo mudanças nos gastos devido à inflação, e 97% de todas as pessoas entrevistadas estavam pelo menos um pouco preocupados com a inflação. Além disso, mais da metade das pessoas pesquisadas (56%) indicou que o aumento das taxas de juros teve um grande impacto sobre a decisão de solicitar crédito nos próximos 12 meses, e outros 31% disseram terem tido um efeito moderado em seus planos de solicitar crédito. Para as pessoas que consideraram solicitar novos créditos ou refinanciamentos já existentes, mas decidiram não o fazer, a principal razão para abandonar seus planos foi acreditar que o custo seria muito alto.
Apesar dessas preocupações, 38% da população brasileira disse que solicitará um novo crédito ou refinanciamento nos próximos 12 meses, o que representa um aumento de três pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2021. Dentro deste número, os Millennials e a Geração X foram as gerações com maior intenção de buscar novos créditos, ambas com 42%, seguidas de perto pela Geração Z com 40%. Já os Baby Boomers estão menos propensos do que as outras gerações a terem planos de pedir um novo crédito, com 30%.
“Embora exista certo otimismo sobre a renda futura das famílias e um ligeiro aumento no número de consumidores que planejam solicitar novos créditos ao longo do próximo ano, as preocupações sobre a inflação, taxas de juros e o custo total do crédito podem ser fatores decisivos para os brasileiros se engajarem no mercado de crédito”, acrescenta Pasqualin.
A tendência de digitalização continua e fraudadores buscam capitalizar as transações online
A transformação digital acelerou durante a pandemia de COVID-19, com 32% de consumidores que usam produtos digitais indicando que adotaram novos serviços online, como bancos, vídeo chamadas ou compras online de supermercado, por exemplo. Como resultado disso, 43% dos pesquisados indicaram realizar mais da metade de suas transações online, e 40% esperam aumentar o uso de serviços digitais iniciados durante a pandemia.
Os fraudadores tentaram aproveitar a mudança das preferências das pessoas consumidoras, e no primeiro trimestre de 2022, 24% de entrevistados indicaram que foram alvo ou vítimas de fraude digital neste período. Os esquemas de fraude mais comuns incluíam golpes de cartões de crédito e taxas fraudulentas (33%). Cerca de nove em cada 10 pessoas entrevistadas (88%) indicaram preocupação em compartilhar suas informações pessoais, citando apreensão com privacidade (76%), e medo de terem sua identidade roubada (70%).
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